(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
dragagem impactos de portos no Br
2009-02-06
O Licenciamento Ambiental das obras de dragagem para o aprofundamento e derrocagem do canal de acesso e berços de atracação ao Porto de Vitória será discutido nos próximos dias 9 e 10. O empreendimento, segundo os ambientalistas, vai trazer à tona metais pesados depositados no fundo da baía, além de não resolver o problema de logística do porto.

Segundo o médico naturalista e ambientalista, Marco Ortiz, a dragagem vai ainda agregar metais pesados à cadeia alimentar da região e vai atingir o homem. Ele ressalta que se aumentarem a dragagem em quatro metros como pretendido, vai aumentar também a contribuição à força da maré que poderá invadir as casas trazendo água contaminada, dejetos, esgoto e doenças variadas já que está confirmada uma infinidade de parasitas que existem naquelas águas.

Ortiz alerta que as águas do Porto de Vitória estão classificadas com o grau 3, ou seja, imprópria para banho, pesca, entre outras atividades do contato humano. “Remexer nestas águas só trará impacto ao meio ambiente e à população”, disse ele.

Segundo as informações divulgadas pelo Porto de Vitória, serão realizadas audiências para informar à comunidade quais os impactos ambientais, diretos e indiretos, do empreendimento.

A dragagem do canal no Porto de Vitória vem sendo defendida pelo ministro Pedro Brito, da Integração Nacional. Brito sustenta que um canal mais profundo atrairia mais investidores, fazendo com que a Codesa esteja apta a receber navios de maior porte. A previsão é de que as obras comecem no primeiro semestre de 2010. Com a dragagem do canal, a previsão é de que a capacidade do porto aumente em 30%.

Neste contexto, a opinião dos ambientalistas é uma só. Para eles, de nada adiantará dragar a região se a problema de logística do porto não têm como ser resolvida. Para eles, é como dar morfina a um doente terminal, já que há impossibilidade de expandir a retro-área, a calagem é restrita e os acessos do porto estão comprometidos pelo adensamento natural urbano da área metropolitana, ou seja, navios maiores gerariam ainda mais problemas à região.

Entre as alternativas propostas pelos ambientalistas para evitar a dragagem é a de firmar um convênio entre o Porto de Vitória e o Porto de Tubarão, já que este pode receber grandes embarcações e tem uma logística adequada no entorno. Em contrapartida, o Porto de Vitória, daria continuidade  aos planos de revitalização do Centro, dando ênfase as embarcações turísticas e as atividades culturais.

Para Ortiz, só assim seria possível salvar a região, que já está bastante debilitada. Com isso, explica ele, o Porto de Vitória poderia se dedicar a embarcações turísticas, envolvendo também atividades culturais, em acordo com a proposta de próprio governo do Estado de  revitalizar a região.

Além da dragagem do Porto de Vitória, outros empreendimentos também prejudicam a região, como a ampliação dos 23 mil metros quadrados de indústria anunciados pela Flexibrás. Além do aterro, a empresa construiu um enroncamento para a área que foi aterrada.

Sem espaço para crescer na retro-área os empreendimentos estão invadindo também a área marítima com a neutralidade do poder público, gerando graves impactos ao meio ambiente e até comprometimentos para a própria atividade de navegação, como foi o caso das obras de aterro da Flexibras. A Pirelli também causou assoreamento e má circulação da água na região, prejudicando o tráfego de barcos devido a um aterro construído pela empresa.

A Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) também foi responsável pelo aterro (resultado de uma retro-área) de boa parte do mangue e ainda uma área de alagado, com três metros de aterro na mesma região. Com o aterro, os moradores passaram a sofrer com enchentes, antes contidas pela área de taboa. Tiveram ainda sua única área de lazer destruída.

A primeira audiência pública para discutir o empreendimento será realizada no próximo dia 9, a partir das 19h, no auditório da Rede Gazeta, na rua Chafic Murad, nº902, em Bento Ferreira, Vitória. A segunda será realizada no dia 10, a partir das 19h, no auditório da Escola de Aprendizes de Marinheiros (EAMES), localizada na Enseada do Inhaoá, s/n, Prainha, Vila Velha.


Por Flavia Bernardes, Século Diário, 06/02/2009

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -