Parlamentares e integrantes do Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo participaram em Brasília, na noite desta quinta-feira (05/02), de um ato em memória do deputado Adão Pretto (PT-RS), falecido no início do dia aos 63 anos, em Porto Alegre. Adão Pretto, um dos fundadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra em seu Estado, foi eleito deputado federal pela primeira vez em 1990 e presidia a Comissão de Legislação Participativa.
Na homenagem, que aconteceu no Centro Cultural de Brasília, os participantes ressaltaram principalmente a forte ligação do parlamentar com os movimentos sociais. Rosângela Cordeiro, dirigente do Movimento Nacional de Mulheres Camponesas, classificou Adão Pretto como um símbolo da história da luta pela terra no País.
"Não basta ser agricultor para assumir esse compromisso, é preciso ter convicção política de projeto, e isso ele tinha. Ele sempre dizia que tinha um pé no Parlamento e outro na luta, pois via o Parlamento como uma trincheira", afirmou Rosângela. Ela disse esperar que surjam outras pessoas como Adão Pretto para continuar a defender as causas sociais.
Expressão
O líder do PT, deputado Cândido Vaccarezza (SP), destacou que Adão Pretto foi uma das principais expressões, no Congresso, da defesa do homem pobre do campo.
"Ele nasceu na luta pela reforma agrária, com a qual tinha forte ligação. Ele defendeu não o agronegócio, os grandes investimentos, e sim aqueles que só têm um pedaço de terra, ou que querem um pedaço de terra para produzir para suas famílias. Foi um agricultor com formação intelectual, não porque estudou na universidade, mas porque aprendeu com a vida", ressaltou.
Adão Pretto estava internado em Porto Alegre, onde se submeteu a uma cirurgia para retirada do pâncreas. Seu corpo será sepultado nesta sexta-feira (06/02) no cemitério Jardim da Paz, na capital gaúcha.
(Por Mônica Montenegro, Agência Câmara, 05/02/2009)