Dick Cheney sustenta na entrevista, publicada na Internet no site www.politico.com, que o novo Presidente norte-americano vai lamentar a decisão de fechar o campo de detenção de Guantanamo e de acabar com as controversas técnicas de interrogatório dos suspeitos de terrorismo, assimiladas à tortura. "São pessoas que fazem o mal. E nós não ganharemos esta batalha estendendo a outra face", disse o vice-presidente de George W. Bush, visto como um dos vice-Presidentes mais poderosos da história dos Estados Unidos.
"Uma arma nuclear ou um agente biológico" colocado no coração de uma cidade norte-americana por extremistas constituiria a "maior ameaça" contra os Estados Unidos desde os atentados do 11 de Setembro, diz Cheney. Este tipo de ameaça, que "poderá levar à morte de centenas de milhares de pessoas", é do género daquelas que exigem muito tempo a prevenir, por isso penso que uma tentativa deste género é altamente provável", afirma.
Dick Cheney recusou criticar pessoalmente o Presidente Barack Obama mas atacou o campo democrata em geral, nomeadamente o plano de relançamento económico que o Congresso prepara, estimado entre 800 e 900 mil milhões de dólares. Disse ainda ter falado há uma semana ao telefone com o ex-Presidente George W. Bush, que estava "bem".
(Lusa, 06/02/2009)