O presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereador Sebastião Melo (PMDB), se reuniu, na tarde desta quinta-feira (05/02), com o secretário Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana, vinculado ao Ministério das Cidades, Luiz Carlos Bueno de Lima,
o presidente da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), Kevin Krieger, e o diretor-geral do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), Mário Moncks. No encontro, a Prefeitura apresentou o projeto de instalação do Centro de Material de Reciclagem (Cemar).

Para Melo, o projeto do DMLU atende principalmente carroceiros e carrinheiros das Ilhas da Grande Porto Alegre. "É uma questão social em primeiro lugar", observou o presidente do Legislativo municipal. "Carroceiros e carrinheiros não têm este trabalho porque querem, mas porque não tiveram oportunidades. A lei dá mais dignidade às pessoas". Melo sugeriu que seja feito, inicialmente, um cadastro social das famílias e, depois, emplacadas as carroças que hoje têm apenas autorizações para habilitação. "A partir daí, deve ser determinado que novas carroças não entram nas ruas".

O projeto do Cemar foi elaborado pelo DMLU, com custo estimado em R$ 1,5 milhão. Mário Moncks explicou que a ideia é agregar secretarias afins ao projeto do DMLU. "É um espaço para retirar da informalidade carroceiros e carrinheiros, dando alternativa e condições a eles", disse. Conforme a EPTC, em Porto Alegre são 4,6 mil carroceiros emplacados e 5,7 mil autorizações para habilitação. "Hoje, o DMLU tem 16 galpões de unidades de triagem com 800 pessoas trabalhando. Com o Centro, os carroceiros e carrinheiros não precisarão buscar o material nas ruas", completou Moncks.

A iniciativa do DMLU, de acordo com o diretor-geral, é uma alternativa para auxiliar a execução da lei que determina a retirada gradativa das carroças das ruas de Porto Alegre em até oito anos, de autoria do vereador de Sebastião Melo, sancionada em setembro de 2008. Luiz Carlos Bueno de Lima considerou a lei um diferencial da Capital. "Resolve problemas no trânsito, de mobilidade urbana, mas também reintegra aqueles que vivem deste trabalho, dando a eles melhor qualidade de vida", destacou, garantindo que se comprometerá com sua adequação e formatação.

(Por Taidje Gut, Ascom CMPA, 05/02/2009)