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danos ambientais emissão de ruídos aeroporto salgado filho
2009-02-06
Associação de moradores não concorda com ampliação do Salgado Filho. Entidade vai ao MPF pedir cancelamento de vôos noturnos e medição de ruído antes das obras

A Associação de Moradores do Jardim Lindóia (AMAL), na Zona Norte de Porto Alegre, comprou uma briga das grandes. Está contra a ampliação do Aeroporto Internacional Salgado Filho, cuja Licença Prévia (LP) foi concedida pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) na terça-feira (04/02).

Eles se dizem surpreendidos pela concessão da LP, a primeira das três licenças necessárias para a obra sair do papel. O presidente da AMAL, Daniel Kieling, disse estranhar ainda mais a exigência da Fepam para que a Infraero monitore o ruído no Lindóia após a obra estar concluída. “Monitorar o ruído depois de aumentar a pista não evitará transtornos aos mais de 250 mil moradores da Zona Norte da cidade”, afirma.

O próximo passo dessa batalha será entrar com duas ações no Ministério Público Federal (MPF) já na semana que vem.  Além de requisitar a avaliação do ruído de madrugada por algum órgão independente, vão solicitar o cancelamento de todos os vôos noturnos. Impossível? Kieling considera que não. “Todos os vôos noturnos são de carga e o ruído provocado por eles fere todas normas conhecidas”, afirma.

A associação encaminhou ontem (05/02) um ofício à Secretaria do Meio Ambiente do Município (SMAM) e a própria Fepam requerendo essa medição.  “Digo mais, como acreditar na Fepam que troca de direção para conceder licença para as reflorestadoras. É fato que ninguém avaliou o ruído e é uma vergonha o que está acontecendo na Fepam, aliás mais uma vergonha pública no Governo do Estado”, afirma.

Pista terá mais de três quilômetros de comprimento
A LP autoriza ampliação da pista de pouso e decolagem e de pista de taxiway , onde os aviões maiores manobram até chegar às pontes de embarque, em mais 920 metros de comprimento, contemplando também pavimentação e macrodrenagem.  A pista passaria de 2.280 metros para 3.200 m de extensão e a largura de 42 m para 45 metros.

Também foi solicitado a Infraero a remoção e reassentamento dos moradores das Vilas Dique e Nazaré, que ficam atrás do aeroporto em direção a avenida Sertório. A remoção das vilas é uma das condições que a Fepam impôs para conceder a Licença de Instalação, que autoriza as obras.

Na concessão da LP ainda foi exigido que a supressão de vegetação seja feita com autorização da SMAM e que não poderão ser utilizados locais próximos aos recursos hídricos para descarte de bota-foras, além de que a futura execução das obras seja feita com supervisão ambiental, entre outros cuidados previstos pela legislação.

Para Luiz Fernando Gonzalez, morador do bairro e membro da AMAL,  a obra além de causar transtornos aos moradores da Zona Norte, é injustificável já que servirá para aviões de carga apenas. Ele garante que 90% da carga que chega à Porto Alegre é enviada posteriormente para Passo Fundo e principalmente Caxias do Sul. “Qual a razão de não ampliarem os aeroportos dessas cidades já que a carga que chega aqui vai pra lá”, questiona Gonzalez.

De acordo com ele, a AMAL inclusive foi procurada nesta semana por uma pessoa que se disse ligada à prefeitura de Passo Fundo interessada em levar o empreendimento pra lá. “Ele não quis se identificar mas se mostrou solidário com nossa causa”, diz.

Prova de motor
Conforme um mecânico de uma companhia aérea, identificado como “Marcos”, os moradores do Lindóia estão exagerando.  Segundo ele, os cargueiros, apesar de maiores, são mais modernos do que a maioria das aeronaves que chegam em Porto Alegre, como os 727, pequeninos e barulhentos.

Marcos explica que barulho de verdade é o da prova de motor que é feito com o avião no chão e que chega a durar uma hora. “O ruído das aeronaves pousando ou decolando não é o problema, isso não vai piorar com certeza”, diz ele. As provas de motor não podem ser feitas entre as 22h e 7h.

A razão para a ampliação da pista é meramente econômica. Hoje um cargueiro Boeing 747, por exemplo, tem que fazer duas viagens porque não consegue pousar com sua capacidade a pleno. “Esses aviões vão e voltam sempre com carga pela metade, e isso obviamente custa caro”, afirma.

Kieling destaca que a associação já requisitou formalmente em duas Audiências Públicas que essa prova de motor seja realizada numa outra área, num terreno próximo ao Hipermercado Big, na Sertório.

Esse pedido, no entanto, dificilmente será atendido, já que o então secretário de Planejamento, José Fortunati, descartou a hipótese por acreditar que “jamais passaria pelo Estudo de Impacto de Vizinhança. Mesmo assim, os moradores prometem insistir na idéia. Hoje a prova de motor funciona na Varig Engenharia e Manutençao (VEM), antiga subsidiária da Varig e numa área mais distante do Lindóia.

O presidente da AMAL contesta a modernidade dos cargueiros que pousam no Salgado Filho. Cita um 707 da Skymaster Airlines com suas quatro turbinas de turbo jato ainda da década de 1970.

(Por Carlos Matsubara, Ambiente JÁ, 06/02/2009)

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