A Polícia Ambiental e fiscais da Fundação do Meio Ambiente (Fatma), investigam supostos crimes ambientais que estariam sendo cometidos pela Companhia Brasileira de Lactose (CBL), em Lages, na Serra Catarinense.

Na empresa, que encerrou as operações em 29 de janeiro, os fiscais encontraram sujeira e restos dos produtos que eram fabricados. De acordo com eles, no laboratório que fazia as análises do leite os equipamentos estavam em péssimas condições de higiene.

A pior situação teria sido observada na estação de tratamento de resíduos. Uma bomba foi colocada para tirar o que havia dentro dos reservatórios. Todos os resíduos da produção dos derivados de leite estariam sendo lançados, sem tratamento, no Rio Caveiras, que passa nos fundos da empresa.

Amostras da água foram recolhidas e, caso seja constatada a presença do material nas águas do rio, a empresa pode ser multada entre R$ 50 mil e R$ 10 milhões.

— Tudo indica que os produtos foram despejados no rio e certamente será configurado crime ambiental — informou Fabio Bento, gerente regional da Fatma.

Outro suposto crime ambiental flagrado pelos agentes foi a construção de uma rampa para lavar os caminhões da empresa dentro de uma área de preservação permanente. Há suspeita que óleos automotivos e industriais tenham sido liberados diretamente no solo, colocando em risco as águas subterrâneas do local.

Geovani Broering, proprietário do local, onde antigamente funcionava a empresa Lactoplasa, afirma que há um ano havia arrendado a indústria ao grupo alimentício de Chapecó.

O superintendente da CBL, Carlos Daniel Haushahn, explicou que tudo estava em ordem quando entregaram o estabelecimento ao antigo proprietário.

(Por Alvarelio Kurossu, Diário Online, 03/02/2009)