(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
contaminação com agrotóxicos
2009-02-04
Os 26 recicladores contaminados com agrotóxico durante o trabalho na Usina de Triagem e Compostagem do Lixo da Tecnoresíduos receberão acompanhamento permanente do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest). Isso porque os efeitos da inalação do produto podem ir além da dor de cabeça e da náusea sentidas no dia da intoxicação.

O centro deve encaminhar um relatório de alerta à PRT, responsável pela coleta do lixo, à prefeitura e ao Ministério Público (MP) nos próximos dias. O documento relata como está a saúde de cada um dos funcionários e dá sugestões para evitar acidentes com materiais tóxicos.

A intoxicação ocorreu na noite de 19 de janeiro. O agrotóxico, um pó amarelado, chegou à usina em um caminhão que teria vindo de uma cidade vizinha a Santa Maria. O produto estava em uma lata de leite em pó que, ao ser aberta, passou pela esteira dos recicladores e contaminou o ar.

Segundo a médica do Cerest que acompanha o caso, Rosa Wolff, assim que o órgão foi notificado sobre o acidente, fez uma avaliação do local e pesquisou a ficha dos funcionários para saber se eles já tinham sido vítimas de intoxicações. De acordo com Rosa, o cuidado é necessário porque os efeitos do organofosforado, grupo químico do agrotóxico, podem demorar a aparecer.

A médica explica que os sintomas podem surgir em três fases. A primeira, a aguda, é aquela pela qual os trabalhadores já passaram no momento em que inalaram o pó amarelado e tiveram dor de cabeça, náuseas e desmaios. A intermediária, que leva em média de 15 a 20 dias para aparecer, é a que alguns recicladores estariam passando agora. Ela pode ocasionar dores na cabeça e dificuldades respiratórias. A última, que demora pelo menos um mês após a intoxicação para aparecer, é a tardia e pode causar problemas neurológicos que acarretam dificuldades para caminhar.

Rosa esclarece que nem todos os recicladores serão afetados. Tudo depende da quantidade de pó inalado e do organismo da pessoa.

– O agrotóxico age no homem como no inseto: primeiro causa tontura, depois ataca a sua respiração e, por último, sua capacidade de locomoção. Garantimos o encaminhamento dos recicladores para a rede pública de saúde para acompanhamento. Se necessário, daremos a qualificação que os médicos das unidades de saúde precisarem – afirma Rosa.

Gravidez – De acordo com estudos feitos pelo Cerest, há casos de pessoas que, a longo prazo, desenvolvem problemas como depressão, dificuldade de aprendizado – no caso de crianças – e outros problemas. Um dos alvos de maior preocupação do Cerest é a gestante que acabou intoxicada.

Grávida de sete meses, Gláucia Martins da Silva, 38 anos, passou por avaliação e ficou tranquila depois que o médico garantiu que Douglas será saudável. Porém, mesmo depois de o menino nascer, ele e a mãe serão acompanhados pelos médicos, como medida de precaução. Se qualquer sintoma surgir, Douglas poderá ser tratado a tempo.

Antes mesmo da entrega do relatório do Cerest à prefeitura, à PRT e ao MP, algumas novidades foram implantadas na usina de triagem da Tecnoresíduos. Segundo o engenheiro ambiental da empresa, Rafael Salamoni, agora, antes de passar pela esteira, o lixo é analisado por dois funcionários. Isso impede que, se houver algum material tóxico, ele se espalhe rapidamente pelo ar, como ocorreu no acidente do dia 19.

Pesticida
Na década de 30, o químico alemão Gerhald Schrader fez estudos que descobriram as propriedades dos organofosforados. Um dos produtos desenvolvidos por ele, o parathion, tornou-se o pesticida agrícola mais usado no mundo

(Diário de Santa Maria, 04/02/2009)

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -