Imagine o passageiro de um avião que ontem decolou na Austrália e aterrissou na Rússia. Essa pessoa corre o sério risco de contrair uma forte gripe em razão da mudança de temperatura. A diferença entre os dois países chegou a 80ºC.
Na Rússia, as aulas para parte dos estudantes foram suspensas em todas as escolas de quatro cidades da região de Krasnoyarsk Krai (Norilsk, Talnakh, Kaerkan e Oganer), na Sibéria. Motivo: as temperaturas caíram para menos de 40ºC abaixo de zero — a mínima foi de 44ºC negativos.
Na Grã-Bretanha, onde o frio intenso não é tão comum quanto na Rússia, centenas de escolas também permaneceram fechadas ontem em razão de problemas provocados pela mais intensa nevasca em 18 anos. Muitos trens não circularam durante todo o dia, principalmente no sul do país. O frio também afetou rodovias e aeroportos.
No sul da Austrália, onde os termômetros chegaram na semana passada a registrar 46ºC — e 40 pessoas morreram em decorrência do calor —, as temperaturas eram ontem de 38,8ºC, com a expectativa de ficar novamente acima dos 40ºC nos próximos dias e voltar a cair na sexta-feira. O forte calor tem atingido especialmente Adelaide, capital do Estado da Austrália do Sul.
O uso da eletricidade foi restringido em lojas e supermercados da Austrália do Sul para diminuir a pressão sobre a rede elétrica do Estado, que na semana passada falhou diante da demanda gerada pela onda de calor. Há, também, o problema dos incêndios provocados pelas altas temperaturas.
(ZERO HORA, 04/02/2009)