Nosso mundo está coberto pela petroquímica. De plásticos a pesticidas, eles estão integralmente em nossas vidas modernas. Wayne Ellwood (1) argumenta que estamos todos pagando o preço pela liberação dessas substâncias perigosas.
"Toda vez que venho aqui, meu corpo fica triste e furioso ao mesmo tempo", diz Ron Plain. "Não se pode colocar em palavras o que isto significa para mim".
Recém encontramos o jipe de Ron perto do final de uma viagem de três horas em Sarnia, no 'vale químico' de Ontario. Ron chama isto de 'tour tóxico'. Ele já fez essa viagem dezenas de vezes, de forma que o caminho é fácil e familiar.
Sarnia é uma comunidade poeirenta de trabalhadores com 70 mil habitantes no topo do Rio Sait Clair, do lado canadense, a cerca de cem quilômetros ao norte de Detroit. O rio é largo e corre rápido no local, uma ligação natural do Lago Huron, ao sul do Lago Erie e a leste do Lago Ontario.
Ron é membro da comunidade aborígene de Chippewa Primeira Nação Aamjiwnaang (2). Paramos no cemitério da comunidade, uma faixa de terra cercada por uma alta cerca de aço. Ele tem 46 anos, mas me disse que não espera chegar aos 60. Ron aponta os túmulos de seus pais, avós e outros ancestrais, além de tias e tios. Datações com carbono mostram que seus ancestrais viveram na área sul de Ontario por seis mil anos.
Paisagem química
É um dia abafado do início da primavera, e as árvores recém começam a ter folhas brotando. Mas nada consegue esconder a visão da planta petroquímica que fica por detrás do campo santo. Uma chaminé alta queima uma chama alaranjada sob o brilho do sol.
Ao leste, poucos metros de distância, há um estacionamento e um outro complexo químico. O cemitério é um microcosmo no todo da paisagem. A reserva de Aamjiwnaang é literalmente cercada de dezenas de plantas químicas.
Uma comunidade de 900 almas na ponta sul de Sarnia descansa no meio de uma das mais densas coleções de indústrias petroquímicas do Canadá e das mais densas da América do Norte. Num raio de 52 quilômetros, estão 62 fábricas, 40% do total do país. Entre os players estão alguma das maiores e mais poderosas corporações - Dow, Shell, Nova, Bayer e Imperial Oil (Exxon), todas operando a cinco quilômetros da reserva, a maioria delas 24 horas por dia, sete dias por semana.
Disruptura de gênero
Em 2005, segundo um estudo da ONG ambientalista Ecojustiça, essas fábricas liberaram mais de 131 mil toneladas de poluentes para o ar - uma carga tóxica de 1,8 mil quilos por dia para cada morador de Sarnia e da reserva de Chippewa. Há crescentes evidências de que, tanto a comunidade Aamjiwnaang, quanto pessoas da cidade local estejam sofrendo de sérios problemas de saúde como resultado dessa descarga tóxica.
Uma ampla pesquisa realizada com a Clínica de Saúde Ocupacional de Sarnia em 2004-2005 detectou casos de câncer, além de problemas renais e de tireóide. A asma é ubíqua (40% dos moradores de Aamjiwnaang usam inalantes) e 23% das crianças com idade de cinco a 16 anos têm problemas de aprendizagem e comportamento.
Mas dois dos achados da pesquisa, particularmente não divulgados, despertaram atenção ao redor do mundo. O primeiro foi uma taxa não usual de abortos espontâneos - 39% das mulheres da reserva experimentaram abortos espontâneos ou fetos natimortos. O segundo foi uma significativa mudança no sexo, em média, dos nascidos vivos.
A partir do final dos anos 90, o número de meninos nascidos na reserva começou a despencar. Pouco mais de 35% dos nascidos vivos eram do sexo masculino, comparativamente a uma média normal de 50%. Ninguém sabe ao certo o que causou este padrão declinante de nascimentos de meninos. Mas há uma forte suspeita de que os poluentes tenham induzido esta alteração no padrão de gênero.
A pesquisa de cientistas pioneiros, como Dr Theo Colborn, no início dos anos 90, mostrou que químicos sintéticos comuns introduzidos no meio ambiente na metade do século passado poderiam imitar hormônios naturais, alterando o desenvolvimento sexual e neurológico e desequilibrando a reprodução. Dezenas de estudos documentaram o impacto desses desreguladores endócricnos químicos (EDCs) sobre animais - sapos, peixes, pássaros - com a deformação de genitais, danos cerebrais, cânceres e danos aos sistemas reprodutivos.
Os estudos apontam que os EDCs estão também relacionados ao declínio dos níveis de testosterona masculino e ao declínio da taxa de nascimento de bebês do sexo masculino em áreas com concentração de indústrias químicas.
Alerta silencioso
Muitos dos estudos com animais foram realizados na biorregião dos Grandes Lagos onde está também situada a comunidade Aamjiwnaang - uma área com história de pesada poluição por indústrias.
Jim Brophy, diretor de Saúde Ocupacional da Clínica de Saúde de Ontario para Trabalhadores em Sarnia, conhece muito bem o distrito. Seu centro ajudou a mapear o padrão de doenças e distúrbios em Aamjiwnaang. "Milhões de toneladas de toxinas reprodutivas são espalhadas por essas fábricas, ano após ano. Seus efeitos sobre a vida animal têm sido documentados pelos Grandes Lagos. Pensar que esses venenos iriam afetar tudo o mais e não a população humana é bizarro".
Rachel Carson, cujo livro Primavera Silenciosa lançou o movimento ambientalista moderno por volta dos anos 50, poderia ter sido ultrajada mas não surpreendida com essas descobertas em Aamjiwnaang. "A guerra química nunca é vencida, e toda a vida é ceifada nesse violento fogo cruzado", escreveu ela.
Foi Carson que pela primeira vez promoveu a noção de ecologia, a rede complexa que liga os humanos ao mundo natural. "O estudante sério da história da Terra sabe que nem a vida, nem o mundo físico que a sustenta existem em compartimentos isolados... as substâncias prejudiciais liberadas ao ambiente retornam em tempo de criar problemas para a humanidade... Não podemos pensar em organismos vivos sozinhos; nem podemos pensar no ambiente físico como uma entidade separada. Ambos existem juntos, cada um agindo sobre o outro na forma de um ecossistema complexo".
O alerta de Carson sobre a natureza tóxica da sociedade industrial foi como um prognóstico. O peso da evidência é construído sobre o fato de que milhões de toneladas de químicos liberados sobre o ambiente estão alterando os fundamentos básicos da vida. A fertilidade masculina no Oeste caiu a uma taxa estimada em 50% desde 1940; câncer de seio, câncer de testículos e de próstata aumentaram entre 200 e 300%. Mais e mais bebês estão nascendo com anormalidades genitais.
Contaminação irrestrita
Estamos vivendo em uma atmosfera de produtos químicos tóxicos, a maioria dos quais não existia antes de a moderna indústria de síntese química ter nascido na esteira da Segunda Guerra Mundial. As estimativas variam - há mais de 80 mil substâncias químicas na atual produção industrial, com centenas adicionadas a cada ano.
Poucas delas foram testadas quanto a seus efeitos sobre a saúde humana e ao meio ambiente. E, criticamente, há quase nenhum conhecimento sobre como as substâncias químicas interagem umas com as outras para afetar nossa saúde e o ambiente como um todo.
Quando o Ato sobre Controle de Substâncias Tóxicas (TSCA) foi promulgado nos Estados Unidos, em 1976, mais de 62 mil substâncias químicas estavam sendo ‚'regulamentados' no mercado - isto é, não havia testes, nem questionamentos. A Agência de Proteção Ambiental (EPA) admite que 95% de todas as substâncias químicas nos Estados Unidos não passaram por testes mínimos de toxicidade. Na União Européia, (UE), estima-se que dois terços dos 30 mil químicos mais comuns não foram validados. A EPA baniu apenas cinco substâncias químicas nos últimos 25 anos.
Todos nós vivemos com este prejuízo tóxico. Os pobres, os marginalizados, as pessoas de cor, aqueles que vivem perto das fábricas sofrem mais - os Chippewa de Aamjiwnaang estão entre esses casos. Mas, como entendeu Rachel Carson, no que concerne ao meio ambiente, todos vivemos na esteira.
Análises detalhadas pela Europa, Canadá e Estados Unidos encontraram centenas de substâncias químicas perigosas no sangue e na urina de cidadãos comuns. Na Europa, o WWF testou gerações de mulheres e encontrou pesticidas banidos como DDT e os mortais PCBs.
Quando o Grupo de Trabalho Ambiental dos Estados Unidos testou cordões umbilicais de dez crianças em 2005, cientistas descobriram mais de 280 substâncias químicas. O Greenpeace trouxe números similares na Europa.
No Canadá, a ONG Defesa Ambiental testou cinco famílias de British Columbia, Ontario, Quebec e New Brunswick. Este levantamento incluiu sete crianças, cinco pais e um avô. Em média, 32 substâncias químicas foram encontradas em cada pai e 23 em cada criança. Das 46 substâncias químicas detectadas no total: 38 eram substâncias cancerígenas; 38 eram químicos que prejudicavam a reprodução e o desenvolvimento das crianças; 19 poderiam causar danos ao sistema nervoso; 23 poderiam causar disrupturas ao sistema hormonal; e 12 substâncias químicas estavam relacionadas a doenças do sistema respiratório.
O estudo canadense concluiu que as crianças estavam com menores indices de poluição relativamente a seus pais por PCBs e pesticidas organoclorados, a maioria dos quais havia sido banido antes mesmo do nascimento dessa crianças - um indicativo de que a ação regulatória pode fazer a diferença.
Mas o estudo também concluiu que algumas crianças estavam mais poluídas que seus pais por substâncias químicas ainda em uso. Essas incluíam os PFCs (usados como repelentes e odorizantes de ambientes) e retardantes de chamas à base de PBDE (3).
Perigo ubíquo
Muitas dessas substâncias químicas estão relacionadas não apenas à indústria petroquímica, mas a toxinas que são difundidas em nossas vidas diárias: solventes, detergentes, cosméticos, herbicidas, pesticidas, plásticos. Conforme concluiu o Centro de Pesquisa em Biomonitoramento do Bem-estar Comum em seu recente estudo sobre contaminação química: "Muito de nossa exposição talvez venha de produtos que assumimos ser de uso seguro".
Preocupações recentes têm se focado no plástico, talvez o material mais ubíquo da idade moderna. A profusão do plástico tem pontilhado o mundo com substâncias químicas potencialmente mortais. Uma das mais poderosas é o bisfenol A (BPA), o sangue vital da indústria do plástico.
Cerca de três milhões de toneladas desta coisa são produzidos a cada ano. É usado para produzir plástico policarbonato, um tipo de plástico rigido usado em tudo, desde mamadeiras até garrafas para atletas e CDs, DVDs, produtos para higiene bucal e resinas para potes de bebidas e alimentos.
O plástico policarbonato pode ser clareado ou colorido e geralmente tem o número '7' marcado no fundo do recipiente. O problema com o BPA é que ele não é estático. Quando líquidos armazenados em plásticos de BPA são aquecidos, ele migra para o líquido, chegando assim ao corpo humano. Em 2005, o CDC em Atlanta encontrou BPA em amostras de urina de 95% dos americanos. Em novembro de 2006, 38 especialistas em BPA advertiram sobre os "potenciais efeitos adversos à saúde quanto à exposição a plásticos policarbonatos".
BPA foi o primeiro plástico identificado como mimetizador estrógeno em 1936. Centenas de estudos com animais mostraram que baixas doses de exposição ao BPA poderiam levar a uma grande faixa de problemas à saúde humana, incluindo anormalidades reprodutivas, câncer de seio e de próstata, aborto espontâneo, diabetes tipo 2 e obesidade.
As evidências não são conclusivas. Frederick Vom Saal, da Universidade de Missouri, pesquisador líder na área de efeitos do BPA à saúde, admite mais. "Não temos certeza", diz. "Algumas dessas tendências são tão prevalentes que quase parecem normais: mudanças anormais na puberdade, dificuldade na fertilidade (tanto de homens, quanto de mulheres), câncer de seio, câncer de próstata. Todas essas tendências são paralelas ao desencadear da revolução do plástico... Parte delas está apenas conectando os pontos".
Mudança dos ventos
Embora a indústria do plástico continue negando os riscos do BPA, a onda está mudando. Representantes oficiais da indústria ignoram as críticas ao BPA, argumentando que as quantidades encontradas em seres humanos são tão pequenas que revelam-se insignificantes. Mas químicos que mimetizam hormônios como BPA não funcionam assim.
De fato, pesquisadores descobriram que desreguladores endócrinos químicos (EDCs) são mais perigosos em pequenas doses, uma noção que revoluciona a visão farmacológica tradicional de que "a dose faz o veneno". "Em baixas doses, os hormônios estimulam seus próprios receptores", diz Vom Saal. "Em altas doses, eles inibem suas respostas".
Em abril de 2008, o Canadá se tornou o primeiro país a limitar a exposição ao BPA, rotulando-o como "uma substância perigosa". Mamadeiras de plástico policarbonato foram banidas e regras estritas foram colocadas em vigor para uso de tampinhas de BPA em produtos infantís. Em poucos dias, os grandes produtores e comerciantes de produtos com BPA, incluindo Wal-Mart, Toys R Us and Playtex, "jogaram a toalha".
O BPA é um das centenas de substâncias sintéticas químicas que alteram o comportamento genético, o que escritores como Pete Myers chamam de "sequestradores de genes". Outros aditivos de plásticos têm as mesmas propriedades, incluindo ftalatos e brominatos retardantes de chamas (BPDEs).
Ftalatos são ingredientes essenciais em um dos mais comuns de todos os plásticos, o PVC. Ele é usado para a fabricação vinis e produtos flexíveis. Pode se encontrado em centenas de produtos, desde brinquedos que emitem sons quando pressionados até cortinas de vinil usadas em banheiros e tubos médicos. Também é encontrado em produtos de cuidados pessoais - xampus, sabonetes, fragrâncias e como revestimento em certas pílulas.
„Síndrome do ftalato“ é o termo que os cientistas cunharam para descrever a constelação de sintomas encontrados em estudos com animais. Estes sintomas incluem redução do tamanho do pênis, redução da contagem de esperma, desenvolvimento genital incompleto no sexo masculino, infertilidade e câncer testicular. Os Estados Unidos baniram o uso de ftalatos em brinquedos infantis, e o Estado da Califórnia seguiu a legislação.
O terceiro grande grupo de toxinas plásticas é o dos BPDEs. Metade desses retardantes de chama é utilizada em miríades de produtos eletrônicos - computadores, telefones celulares, impressoras, TVs etc. BPDEs são tanto persistentes - não se rompem facilmente no meio ambiente - quanto bioacumulativos. Eles se instalam em corpos de animais e seres humanos por meio da cadeia alimentar.
Eles também passam facilmante pela barreira da placenta, atingindo fetos em desenvolvimento. BPDEs podem agir como desreguladores endócrinos e podem prejudiar o desenvolvimento cerebral de crianças, bem como o aprendizado e a memória. Estão ainda ligados ao mau funcionamento da tireóide, a problemas reprodutivos e ao aumento de risco de câncer testicular.
Os níveis de retardantes de chama no sangue de norte-americanos é hoje 40 vezes maior do que o de pessoas na Europa ou no Japão. "Esses compostos têm as mesmas propriedades do PCBs e do DDT", diz Ake Bergman, líder da área de Química Ambiental da Universidade de Estocolmo. "É apenas uma questão de tempo antes de termos um efeito tóxico. Sabíamos menos sobre os PCBs quando eles foram banidos do que sabemos sobre o BPDEs hoje... Não aprendemos com os PCBs?"
Comprovadamente cancerígenos, os PCBs foram banidos nos anos 70. Mas como eles se bioacumulam, ainda são encontrados no meio ambiente e nos corpos de animais e de pessoas.
Cigarro de amanhã
A Suécia foi um dos primeiros países a publicar o ‚'princípio de precaução', uma noção de senso comum em relação à qual a indústria química, guiada por uma preocupação com lucros e crescimento, tem lutado contra com dentes e unhas. O conceito é simples: se uma substância química parece causar problemas, vamos pensar duas vezes sobre seu uso. Melhor seguro do que triste, mesmo se a ciência não é 100% segura. Os gigantes químicos (em liga com a Grande Industria do Petróleo) raciocinam diferentemente: se matar alguém, então é tempo de fazer algo.
Os Estados Unidos aprovaram 700 novas substâncias químicas por ano com a garantia da indústria de que elas são seguras. Enquanto isto, há um crescente desconforto público sobre a tempestade de toxinas que nos engolfa.
Em junho de 2007, os Estados Unidos adotaram sua legislação REACH (Registro, Avaliação e Autorização de Susbtâncias Químicas) a despeito de uma ampla obstrução tentada por lobistas corporativos (especialmente da poderosa indústria química britânica) e de a administração ter declinado da lei. O resultado é um compromisso: as companhias têm 11 anos para provar a segurança dos produtos químicos e que eles sejam produzidos em volumes de menos de 10 toneladas por ano.
Mas o princípio básico da responsabilidade do produtor está firmemente colocado. As companhias não podem mais vender substâncias químicas sem primeiro prover informações sobre sua segurança - uma ruptura importante que deve ter repercussões globais. Além do mais, grupos de ambientalistas e de cidadãos estão defendendo o ‚'direito de saber' sobre a legislação, de modo que os poluidores não podem mais esconder suas ações do escrutínio público.
O poder está, aos poucos, mudando. Há um crescente consenso de que o atual modelo está ruindo. Críticos prevêem que, em dez anos, a queda da indústria petroquímica e de plásticos será ranqueada com a da indústria do tabaco e dos pesticidas, como as principais questões globais de saúde pública.
Notas
1) Editor da New Internationalist Publications.
2) Comunidade localizada às margens do Rio Saint Claire, perto de Sarnia, Ontário, que vem denunciando males causados pelas indústrias químicas. Um deles diz respeito ao desequilíbrio nas taxas de nascimento entre os sexos. De 1999 a 2003, nasceram no local 67% de bebês do sexo feminino e apenas 33% de bebês do sexo masculino, efeito que atribuem aos malefícios da indústria química. Mais informações aqui.
3) Éteres difenis polibrominados, compostos orgânicos usados como retardantes de chama. Mais informações aqui.
Referências originalmente citadas no texto
* E. MacDonald, S. Rang - Ecojustice, ‚'Exposing Canada's Chemical Valley', Toronto, October 2007 (www.ecojustice.ca)
* JB Foster, B Clark - ‚'Rachel Carson's Ecological Critique', Monthly Review, New York, February 2008
* Robert Allen, The Dioxin War, Pluto Press, London, 2004
* Mark Schapiro, Exposed: the toxic chemistry of everyday products, Chelsea Green, White River Junction, Vermont, 2007
* Libby McDonald, The Toxic Sandbox, Penguin, New York, 2007
*‚'Pollution in Canadian Families', Environmental Defence, Toronto, June 2006 (www.toxicnation.ca)
* Commonweal Biomonitoring Resource Center, ‚'Is It In Us? Chemical Contamination in Our Bodies', Bolinas, California 2007 (www.isitinus.com)
* Martin Mittelstaedt, ‚'Inherently toxic chemical faces its future', Globe & Mail, 8 April 2007
* Pete Myers, ‚'Good genes gone bad', American Prospect, April 2006
* Maria Cone, ‚'Cause for alarm over chemicals', Los Angeles Times, 20 April 2003.
(New Internationalist, Sept 2008, Issue 45, tradução Cláudia Viegas/Ambiente JÁ)