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sustentabilidade e capitalismo
2009-02-03

Os assuntos investigados pelo Núcleo de Economia Socioambiental (NESA) da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP são grandes e interessam cada vez mais aos governantes e à população. Amazônia, biocombustíveis e desenvolvimento sustentável são alguns dos temas pesquisados pelo núcleo, que, apesar de recente (foi criado em 2006), atrai cada vez mais o interesse de alunos e pesquisadores.  

Danilo Igliori, um dos professores que fazem parte do NESA, diz que o destaque crescente dado a esses temas foi o motivo imediato da criação do grupo. Mas ele ressalta que a economia do meio ambiente é, há décadas, objeto de pesquisa de docentes da faculdade, como Ricardo Abramovay e José Eli da Veiga. Hoje ambos integram o núcleo. “Embora fossem próximos, os dois professores desenvolviam os seus projetos científicos individualmente”, afirma Igliori, completando que a função de um núcleo de pesquisa é exatamente essa: facilitar a integração, a cooperação entre os pesquisadores.

Um exemplo dessa cooperação é a participação de Igliori e Abramovay na elaboração da edição referente a 2008 do Relatório de Qualidade Ambiental do Estado de São Paulo, divulgado anualmente pela Secretaria do Meio Ambiente. Eles estão dando suporte técnico para o relatório, que avalia uma enorme gama de informações: gerenciamento do lixo, poluição, destinação de recursos financeiros para a área, disponibilidade dos recursos hídricos no estado, entre outros. De acordo com Igliori, o principal problema socioambiental do estado é este último: o fornecimento de água para seus grandes contingentes populacionais.

Biocombustíveis
Apesar de possuírem linhas de pesquisa diferentes, os professores juntam seus esforços para estudar certos temas. Um exemplo: Igliori, juntamente com Fernando Postali e Joaquim Guilhoto, investiga os impactos ambientais da expansão do etanol como matriz energética. Seus possíveis efeitos negativos vão da expansão da fronteira agrícola na direção da Amazônia ao aumento do preço de alimentos.

Igliori diz que ainda não é possível afirmar se essas consequências serão significativas, mesmo em um cenário em que a produção de etanol cresça bastante. “O que a gente percebe é que, no Estado de São Paulo, houve um movimento muito rápido de expansão do etanol, que deslocou as atividades agrícolas para o sul do Mato Grosso, por exemplo. Se isso vai continuar até chegar à Amazônia, não sabemos.”

Agronegócio desperta atenção de pesquisadores do NESA 
 
De qualquer forma, o pesquisador acredita que é irreal apresentar o etanol produzido atualmente como substituto das “energias sujas”. “Em algum momento, se os biocombustíveis forem uma alternativa importante aos combustíveis fósseis, serão outras gerações tecnológicas, que fundamentalmente resolvam esse problema de intensidade [do uso] de terra.” Ele aposta no chamado etanol celulósico, produzido a partir de partes não comestíveis dos vegetais (no caso da cana, utilizando o bagaço).

No ano passado, o NESA promoveu um ciclo de seminários sobre o tema. O núcleo realiza eventos como esse constantemente, normalmente com foco voltado para alunos de pós-graduação. Alguns são dados em parceria com dois núcleos de pesquisa da FEA que tratam de assuntos correlatos: o Nereus, que estuda economia regional e urbana, e o Complex, o Núcleo de Pesquisa em Economia e Complexidade.

Ensino
A primeira realização do grupo quando foi criado, em 2006, foi a criação da disciplina de graduação “Economia do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais”, oferecida aos alunos do curso de economia. “Não havia [essa disciplina] na grade. É um curso que já foi dado na década de 80, por alguns anos, e depois parou de ser oferecido”, explica Igliori.

No ano passado os professores do núcleo organizaram uma disciplina de pós-graduação voltada para o tema, e neste ano entrou o primeiro aluno de doutorado em economia socioambiental propriamente dita. Igliori diz que são poucos os alunos de economia cursando a disciplina.

Como o estudo sobre o meio ambiente é altamente multidisciplinar, há muitos pós-graduandos de outras áreas do conhecimento. O professor considera esse um fato positivo, mas lamenta a escassez de economistas evolvidos com a temática. “Pelas características do curso, ele é bem voltado para economia. Então nosso desafio é convencer os alunos de que alguns deles deveriam dedicar tempo ao tema, fazer sua especialização nessa área.”

(Por Rodolfo Blancato, USP Online, 02/02/2009)


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