Com 34 empreendimentos em operação, 13 em construção e outros 14 outorgados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Santa Catarina ocupa a quarta colocação no ranking de estados com maior número de Pequenas Centrais Elétricas (PCHs). A potência instalada chega a 213,9 megawatts (MW).
Em primeiro lugar aparece o Estado de Minas Gerais, com 85 PCHs em operação, totalizando uma potência instalada de 503,4 megawatts. Logo depois vem Mato Grosso, com 41 usinas e 454,4 megawatts. São Paulo é o terceiro da lista, com 40 PCHs e 144,5 MW.
Embora tenha seis usinas a menos de São Paulo, Santa Catarina possui uma potência instalada bem superior à da capital paulista, com 213,9 megawatts.
Das 34 PCHs de SC, 12 são da Celesc Geração, totalizando uma potência de 86 MW. A estatal está negociando projetos de mais seis usinas e participa de outros oito junto com a iniciativa privada.
A meta é pular da potência de 86 megawatts para 350 MW em quatro anos, revela o assistente de novos negócios da presidência, o engenheiro Paulo Meller. Para Meller, a lei sancionada no início do ano pelo governador Luiz Henrique é favorável e necessária ao Estado.
– Os rios que nós temos aqui são próprios para projetos de PCHs. Hoje, são mais de 200 em Santa Catarina – destaca Meller, salientando que, se todos eles precisassem fazer a avaliação integrada, o Estado ficaria atrasado em termos de energia elétrica, de cinco a 10 anos.
Meller destaca também que as pequenas usinas são fonte de energia renovável e geram energia praticamente limpa.
Na mesma linha de pensamento, vem a Eletrosul. Responsável por grande parte da rede de energia do Estado, a estatal tem 10 projetos de pequenas usinas. Na avaliação do gerente do departamento de meio ambiente, Breno Vielitz, a lei é coerente e pode facilitar o entendimento das regras referentes às PCHs.
Hoje, dos 10 projetos da Eletrosul, nove estão parados por falta de licença de supressão de vegetação, exigida pela Fatma.
– Já pedimos isso e a Fatma demorou um ano para nos responder. Estamos pagando multa para a Aneel. Se tivermos regras claras, teremos que segui-las – observa Vielitz.
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Diário Catarinense, 02/02/2009)