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2009-01-31

O presidente George W. Bush e seus assistentes mal puderam esperar para se livrar daqueles limitantes tratados quando assumiram o cargo. Eles rasgaram o Tratado Antibalístico de 1972 para dar espaço à promessa vazia do sistema de defesa contra mísseis. Eles se opuseram ao Tratado Detalhado de Proibição aos Testes Nucleares e nunca fizeram nenhuma oferta séria para proibir a produção de material físsil (o âmago de uma arma nuclear).

Bush assinou relutantemente seu único tratado de redução armamentícia com os russos em 2002. Isso significa que hoje, 20 anos depois da queda do muro de Berlim, os Estados Unidos e a Rússia ainda têm mais de 20 mil dispositivos nucleares, com centenas preparados para o disparo em minutos. A má notícia, claro, não acaba aí.

Enquanto Bush e sua equipe ridicularizavam tratados e negociações para o controle de armas como sendo fruto de um "pensamento antiquado", a Coreia do Norte testou um dispositivo nuclear, o Irã passou a trabalhar dobrado para produzir seu combustível (que pode ser usado em um reator ou em uma bomba) e muitos outros países passaram a considerar se precisam participar do jogo nuclear.

O presidente Obama prometeu lidar com estes perigos durante sua campanha. Em sua recente audiência de confirmação, a secretária de Estado Hillary Rodham Clinton argumentou que a melhor esperança deste país de fazer isso seria restaurar os tratados e sistemas baseados em regras. Agora eles têm que traduzir estas ambiciosas intenções em ações urgentes.

O primeiro desafio é a Rússia, o único país além dos Estados Unidos com dispositivos suficientes para destruir o planeta. Esta gestão pode começar negociando a continuação do Tratado Star de 1991, que deve acabar em dezembro. O pacto contém as únicas regras para a verificação de qualquer acordo nuclear e oferece a oportunidade de cortes ainda maiores.

Os dois lados podem facilmente manter 1 mil armas cada na próxima rodada, diminuindo o total de 1.700 a 2.200 dispositivos mantidos no Tratado de Moscou de 2002. Sem qualquer negociação, os dois podem imediatamente tirar suas armas do modo pronto para disparo.

Nós aplaudimos a promessa desta gestão de trabalhar pela aprovação do Tratado Detalhado de Proibição aos Testes Nucleares e retomar as negociações em relação à proibição do material físsil. Nenhum dos dois será fácil de se conseguir, mas ambos são essenciais se Obama leva a sério sua necessidade de governar em um novo mundo assustador de apetites nucleares cada vez maiores.

Durante a campanha, Obama se opôs ao plano de construção de uma nova bomba nuclear. Ele estava certo. Não há necessidade militar ou científica para isso. O secretário de Defesa Robert Gates é um forte defensor do programa, ao qual Obama deve resistir. Se os Estados Unidos querem ter qualquer credibilidade ao afirmar que outros devem restringir suas ambições nucleares, então precisam restringir a sua.

Bush alertou inúmeras vezes ao perigo de uma arma nuclear cair nas mãos de terroristas. Ele estava certo, mas nunca colocou em andamento a estratégia necessária para que isso não aconteça. Além disso, enfraqueceu algumas das defesas fundamentais deste país, inclusive sua credibilidade. O presidente Obama precisa se sair melhor e pode começar ao restaurar as regras do jogo nuclear.

(The New York Times, Ultimo Segundo, 30/01/2009)


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