Uma análise de imagens de satélite feita pelo Greenpeace e divulgada hoje no Fórum Mundial Social (FMS), que acontece em Belém do Pará, registrou um predomínio de pastagens nas áreas desmatadas do Mato Grosso. A publicação “Rastro da Pecuária na Amazônia – Mato Grosso: Estado da Destruição” mostrou mapas, baseados em um estudo de um ano, que afirmam que as áreas ocupadas por pecuária totalizam 79,5% de todo o território desmatado no estado.
O Mato Grosso faz parte do bioma continental brasileiro de maior extensão, a Amazônia – região onde a expansão do gado já é alarmante há algum tempo. Entre 1990 e 2003, o rebanho bovino cresceu 140%, aumentando em 37,4 milhões o número de cabeças de gado que ocupam o território amazonense. E essa expansão da pecuária só tende a aumentar, já que o Brasil é o maior exportador de carne do mundo.
Os dados do estudo foram comparados ainda com informações divulgadas em 2006 pelo censo agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o que ajudou a comprovar o padrão de expansão que a atividade pecuária está seguindo no bioma amazonense.
Diante disso, o Greenpeace apontou, durante a palestra realizada no FMS, uma solução para diminuir o número de áreas devastadas no Mato Grosso. “O governo brasileiro precisa controlar a expansão da pecuária na Amazônia para poder reduzir gradualmente o desmatamento, até chegar a zero em 2015”, disse André Muggiati, representante da organização.
Muggiati explicou ainda que o estudo faz parte da campanha que o Greenpeace está fazendo no Brasil: “Salvar o Planeta. É Agora ou Agora”. O objetivo da iniciativa é alertar a população brasileira sobre os impactos do aquecimento global e incentivá-la a adotar medidas que reduzam as emissões dos gases causadores do efeito estufa.
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(Por Débora Spitzcovsky,
Planeta Sustentável, 29/01/2009)