Bastaram cerca de três horas de chuva no Costão da Serra para o município de Timbé do Sul, no Extremo-Sul do Estado, sofrer sua terceira cheia em um mês. No final da tarde de quarta-feira, o Rio Rocinha teve seu nível elevado a quatro metros, alagando áreas rurais.
Em poucas horas, choveu 114 milímetros e 1,5 mil pessoas ficaram isoladas, estradas danificadas e pontes destruídas. A estimativa é de que outros 500 moradores estejam sem comunicação. Não há desabrigados.
Na manhã de ontem, o aposentado João Búrigo, 67 anos, acompanhou a construção de uma ponte provisória de madeira, para o trânsito de motos e pedestres.
– A força do rio cavou a terra e destruiu a cabeceira – explicou o morador.
As comunidades dependentes da ponte para acessar o Centro, além de terem que usar um desvio 20 quilômetros maior pelo município vizinho de Turvo, estão sem comunicação por pontes e estradas entre eles.
Após os sobrevoos da Defesa Civil do Estado, o prefeito Nailor Biava deve enviar um relatório pedindo a ampliação do prazo da situação de emergência, decretada no início de janeiro. Uma base de socorro com o Corpo de Bombeiros de Araranguá, Defesa Civil e Polícia Militar está à disposição da população 24 horas.
Madeireira foi arrastada pela águaNa SCT- 285 (Serra da Rocinha), três das sete barreiras que caíram foram retiradas, mas o tráfego está livre em quatro dos 14 quilômetros.
Na localidade de Pé da Serra, uma madeireira teve dois galpões arrastados. Pelo menos oito máquinas e toda a madeira armazenada foram carregadas.
(Por Ana Paula Cardoso,
Diário Catarinense, 30/01/2009)