A zona rural de Pelotas foi uma das mais prejudicadas pelas fortes chuvas que começaram na noite de quarta-feira. Duas unidades da Cooperativa Sul-Rio-Grandense de Laticínios (Cosulati) estão paradas em virtude das enchentes. Além de isolada devido à queda de uma ponte sobre o arroio Fragata, a fábrica de laticínios no Capão do Leão ficou totalmente alagada. O superintendente da Cosulati, Jones Raguzoni, salientou que a água danificou motores e equipamentos. Por um período indeterminado, a unidade deixará de receber a matéria-prima vinda dos associados. Todas as rotas de captação de leite foram desviadas para as demais indústrias do Estado. A avicultura, localizada em Morro Redondo, também está parada e os abates, suspensos.
Os produtores de leite e de hortaliças são os mais prejudicados, segundo o técnico do escritório local da Emater Luiz Carlos Migliorini. Os leiteiros, além da falta de energia para a ordenha e conservação do produto, estão isolados devido a problemas nas estradas. Com relação às hortaliças, as precipitações intensas destruíram plantações de alface, melão, tomate. Na cultura do fumo não há perdas significativas, adiantou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pelotas, Nilson Loeck.
Para os produtores de arroz, o grande volume de chuvas reverteu o problema da salinidade das águas para irrigação, explicou o gerente regional do Irga, Marcos de Souza Fernandes. Até a véspera da chuva, diversos produtores enfrentavam problemas de irrigação. 'Agora, ficou bom para todos', disse.
(CP, 29/01/2009)