O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anuncia hoje (29/01) no Fórum Social Mundial em Belém, em coletiva a ser realizada às 11:40 hora de Brasília (horário de Belém 10:40), no espaço temático Mundo do Trabalho, no stand da CTB-Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – a assinatura da portaria que proíbe o uso de qualquer tipo de asbesto/amianto pelo Ministério e por seus órgãos vinculados: Instituto Brasileiro de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Agência Nacional de Águas (ANA), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
De acordo com a portaria, a utilização de produtos que contenham fibras da substância comprovadamente tóxica também está proibida. Entre as doenças relacionadas ao asbesto/amianto estão a asbestose (doença crônica pulmonar de origem ocupacional) e cânceres do trato respiratório e gastrointestinal.
Esta comunicação reveste-se da maior iportância política e significado social num momento, e no locus adequado, justo quando estamos sendo atacados pelo Instituto Brasileiro do Crisotila, anunciado aqui, que é o órgão propagandista da fibra cancerígena, financiado pela indústria do amianto, e que pediu que sejamos proibidos de fiscalizar empresas que utilizam o amianto por conta de nossa luta em defesa das vítimas do amianto e, principalmente, após o colapso do telhado da igreja Cristã Apostólica Renascer em Cristo, onde 1.600 telhas de fabricação da Eternit se tornaram em poucos minutos um monte de cacos que ameaçam a vida e a integridade física dos trabalhadores e da população em geral.
É uma retaliação das denúncias que fiz sobre a data da fabricação, comercialização e utilização ter ocorrido após a proibição do amianto no Estado de São Paulo pelo STF em 4.6.2008, onde ficou patente que tanto a igreja, como empreiteira contratada, revenda autorizada e fabricante cometeram um ilícito, ignorando a proibição da fibra cancerígena em todo o território paulista.
Até a vitória com o banimento total daquele que é conhecido como a catástrofe sanitária do século XX.
(Por Fernanda Giannasi, texto recebido por E-mail, 28/01/2008)