Uma boa notícia no Parque Nacional de Virunga, na África, um dos últimos refúgios de gorilas selvagens. Enquanto os humanos se matam na região, os gorilas estão conseguindo sobreviver. Uma recontagem dos animais que vivem na reserva mostrou que a população de primatas cresceu de 72 para 81 gorilas. Um aumento de 12,5% no número desses animais, ameaçados de extinção pela caça e por uma sangrenta guerra civil que assolou o Congo há dois anos. O parque está localizado em uma das fronteiras mais violentas da África, entre Ruanda, Uganda e a República Democrática do Congo. Por ter acesso a todos esses países, parte da reserva de Virunga foi tomada por tropas rebeldes fiéis a Laurent Nkunda, opositor do governo do Congo.
O Parque Nacional de Virunga é um dos últimos refúgios dos 720 gorilas da montanha que vivem livres na natureza. A região é um dos locais prioritários do planeta para a conservação da natureza. No início de dezembro os rebeldes tomaram a sede do Parque e expulsaram os funcionários. Muitos não conseguiram fugir da região e ficaram isolados na selva. Os gorilas também ficaram 16 meses abandonados cercados pelo fogo cruzado entre guerrilheiros e tropas do governo. Em dezembro o monitoramento dos gorilas voltou a acontecer. Depois de um acordo firmado entre o diretor do Parque Emmanuel de Merode e o grupo rebelde. Mas a segurança na região ainda é precária. No dia oito de janeiro uma guarda parque foi morto.
A caça é outra ameaça. Várias armadilhas foram encontradas nas matas do Virunga, o que representa um segundo ricos aos primatas. “Os gorilas da montanha não tem medo de seres humanos, o que os torna especialmente vulneráveis ao perigo”, diz Marc Languy do Programa Regional do WWF na África. “Estamos aliviados por ver que em vez do número de gorilas diminuir, a população cresceu”.
(Por Juliana Arini, Blog do Planeta, 28/01/2009)