Quanto mais puro o ar que você respira, mais longa será sua vida. Mas quanto mais longa? Pesquisadores da Universidade Brigham Young examinaram as mudanças nas expectativas de vida em 51 áreas metropolitanas, e compararam esses números às melhoras na qualidade de ar de cada região, do começo dos anos 80 ao final dos anos 90.
Depois de ponderar os resultados para considerar fumo, fatores socioeconômicos e outras variáveis, os cientistas constataram que cada decréscimo de dez microgramas no volume de partículas poluentes por metro cúbico de ar estava associado a um aumento de mais de sete meses na expectativa média de vida.
No geral, a expectativa de vida cresceu em média dois anos e oito meses nas áreas pesquisadas. Com base em dados deste e de outros estudos, os pesquisadores estimaram que cinco meses dessa elevação podiam ser atribuídos estritamente a melhoras na qualidade do ar.
"Trata-se de uma grande experiência natural, de alcance nacional", disse C. Arden Pope, professor de economia na Brigham Young e diretor científico do estudo, que será publicado na edição de quinta-feira do New England Journal of Medicine.
"Realizamos uma intervenção - melhoramos a qualidade do ar -, e a questão é: Tivemos retorno?", ele prosseguiu. "A resposta básica é que sim, aparentemente. Nossos esforços para limpar o ar estão ajudando".
(Por Nicholas Bakalar, The New York Times, Terra, 28/01/2009)