A companhia de mineração americana Newmont foi considerada a empresa mais irresponsável ecológica e socialmente, após enfrentar como concorrentes um grupo de firmas multinacionais de diferentes setores. O prêmio foi atribuído pelas ONGs Greenpeace, defensora de causas ambientais, e pela suíça Declaração de Berna, que promove o desenvolvimento sustentável, em um evento realizado em Davos, coincidindo com a inauguração do Fórum Econômico Mundial.
No entanto, este não foi o único "prêmio" recebido pela Newmont, que também foi a mais votada pela internet, em ambos os casos como uma expressão de condenação pelo grave impacto ecológico e social de projetos de mineração em Gana. Representando as comunidades afetadas, o ativista ganês Daniel Owusu-Koranteng explicou a uma audiência de mais de 200 pessoas que a mina Ahafo, cuja produção começou em 2006, causou a poluição dos rios e o deslocamento de dez mil pequenos proprietários.
Além disso, em uma segunda fase poderia obrigar o mesmo número de pessoas a abandonar suas terras. Também na categoria "internacional", os outros indicados foram o banco francês BNP Paribas, cujo financiamento "permitiu a construção de uma usina nuclear próxima a uma região povoada da Bulgária conhecida por ser uma zona sísmica", segundo as ONG.
O terceiro indicado era a cadeia de distribuição Tesco, cujas "exigências aos produtores de Bangladesh obrigam os empregados a trabalhar 80 horas por semana sob as piores condições", acrescentaram as organizações da sociedade civil. Na categoria de "pior empresa suíça" figuravam a agroalimentar Nestlé, o banco UBS e a empresa de energia BKW.
No entanto, esta última "ganhou" por tentar passar uma imagem de "companhia verde" no país de origem, enquanto investe na Alemanha mais de um bilhão de euros em uma central térmica a carvão, a fonte de energia mais poluente.
(EFE, G1, 28/01/2009)