Organizações da sociedade civil, entre elas a Amigos da Terra - Amazônia Brasileira, lançaram, neste Fórum Social Mundial 2009 - que acontece em Belém até o dia 1º de fevereiro, o Manifesto sobre o Complexo do Rio Madeira (RO). "Considerando o precedente extremamente perigoso que o Complexo do Madeira representa para viabilizar a IIRSA e a dimensão global dos problemas que traz, ele deverá ser prioridade de campanha das organizações assinantes nos próximos anos nos respectivos países e áreas de atuação,"diz o manifesto.

O documento expressa a forma como foram realizados os estudos ambientais para a implantação das usinas de Jirau e Santo Antonio, caracterizada pela "falta de compromisso dos empreendedores com um processo participativo e transparente, pelas irregularidades na concessão das licenças ambientais", assim como cita os riscos que essas obras vão trazer ao meio ambiente e população: aumento de contaminação por mercúrio, perda da qualidade da água, imprevisibilidade da extensão das áreas inundáveis, disseminação dos focos de malária, perda de biodiversidade, entre outros.

O manifesto também promove um abaixo-assinado pedindo, entre outras ações, a suspensão imediata das licenças ambientais das hidrelétricas Santo Antônio e Jirau; o cumprimento da legislação brasileira, boliviana e peruana, assim como tratados internacionais, a respeito dos direitos humanos das populações locais impactadas pelos empreendimentos, e a suspensão de quaisquer financiamentos de fontes públicas e privadas para os empreendimentos do Complexo Madeira.

(Amazônia.org, 27/01/2009)