A prefeitura de Chapecó fechou ontem de manhã o aterro sanitário municipal, que funcionava desde 2000, na localidade de Sede Trentin. De acordo com o prefeito João Rodrigues (DEM), o local estava com a capacidade esgotada e, para receber mais lixo, seriam necessários investimentos superiores a R$ 1 milhão, pois as atuais lagoas de tratamento não dariam conta da demanda.
A partir de hoje, as 104 toneladas de lixo produzidas por dia serão levadas para um aterro particular, da empresa Tucano, no município de Saudades, vencedora da licitação. O contrato é válido por seis meses até a administração municipal achar uma solução a médio e longo prazos para o lixo da cidade.
Em apenas quatro anos, a produção de lixo em Chapecó aumentou 38,6%, passando de 75 toneladas por dia, em janeiro de 2005, para 104 toneladas/dia em 2009. Esta foi uma das causas que levou ao esgotamento do aterro sanitário.
Outro motivo alegado pela prefeitura foi a necessidade de investimentos de mais de R$ 1 milhão na nova estrutura, pois as lagoas de tratamento já não davam conta do chorume (líquido que sai do lixo).
Detritos serão transportados por 70 quilômetros
A empresa Tucano, que já fazia o recolhimento, foi vencedora da licitação para dar um destino ao lixo. Ela vai receber R$ 63 por tonelada. Isso representa um custo mensal de R$ 196 mil.
O diretor comercial da Tucano, Jaime D’Agostini, disse que o lixo será transportado diariamente até um aterro da empresa localizado em Saudades, distante 70 quilômetros.
– Temos uma estrutura de 12 hectares com vida útil para 12 anos – disse D’Agostini.
A prefeitura de Saudades inicialmente ficou preocupada em receber o lixo de Chapecó. Mas, segundo o secretário de Administração do município, Daniel Kothe, houve a garantia da empresa de que não haverá aumento do volume de lixo no aterro local. A Tucano vai remanejar o lixo que irá para Saudades para outro aterro da empresa, em Anchieta.
(Por Darci Debona,
Diário Catarinense, 28/01/2009)