Barack Obama quer pôr fim à dependência norte-americana do petróleo estrangeiro. Distanciando-se da era Bush, o novo presidente apresentou, esta tarde, os contornos do programa energético e ambiental da sua legislatura. Reduzir a emissão de gases poluentes na indústria automóvel a partir de 2011 e apostar nas energias renováveis, para criar mais de 400 mil empregos, são as grandes linhas mestras do plano.
“Temos de mostrar ao mundo que a América está pronta a tomar as rédeas da protecção do clima e da segurança colectiva. Temos de apelar à criação de uma verdadeira coligação global, para que possamos agir em conjunto. Só desta forma poderemos recusar apoio aos ditadores e dólares aos terroristas, e só desta forma poderemos assegurar que países como a China e a Índia cumprem a sua parte como nós cumprimos a nossa”.
“A América encontra-se numa encruzilhada. No nosso solo, no vento e no sol temos recursos para mudar. Os nossos cientistas, empresários e trabalhadores têm a capacidade de fazer-nos avançar. Cabe-nos agora a escolha entre o perigo de prosseguirmos no rumo actual, ou a oportunidade de obter uma independência energética”.
Num gesto simbólico, Obama assinou um decreto que permite a 17 estados norte-americanos reduzirem os níveis de emissão de gases poluentes. Uma medida bloqueada até hoje pela administração Bush, sob pressão dos grandes construtores automóveis.
(EuroNews, 26/01/2009)