A Secretaria de Saúde de Santa Cruz do Sul aplicou em poucas horas, na manhã de ontem, todas as 500 doses do novo lote de vacinas contra a febre amarela que chegou ao município. A fila se formou ainda no início da madrugada no Centro Materno Infantil (Cemai) e a secretaria entregou senhas para a população que se aglomerava nas calçadas. A aplicação teve início às 7h e às 11h o estoque já estava esgotado.

A responsável pelo setor de imunização da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), Beanir Lara, reafirmou que prioridade é vacinar as pessoas com viagens marcadas para as cidades onde existe o perigo de contato com a doença, principalmente no Noroeste gaúcho. Os demais habitantes não necessitariam da proteção porque a região está fora do mapa das áreas de risco. Beanir lembra que o envio de uma nova remessa não quer dizer que ocorre uma campanha de vacinação na região. Não há previsão de mais uma remessa de vacinas para Santa Cruz do Sul.

A procura pelas vacinas aumentou na cidade da região do Vale do Rio Pardo desde a morte de uma adolescente de 14 anos, procedente de Costa da Linha do Rio, no interior de Candelária, dia 16 deste mês, no Hospital Santa Cruz, com sintomas semelhantes aos da febre amarela. A jovem havia sido transferida para Santa Cruz com febre hemorrágica, que pode ser sintoma de leptospirose, hantavírus ou febre amarela. Entretanto, nas avaliações, os médicos consideraram que a situação era mais grave e como já foram registrados casos semelhantes no Estado, optaram por notificar a Secretaria Estadual de Saúde.

A Secretaria de Saúde realizou varreduras na localidade onde a jovem vivia com a família. No local não foram encontrados focos do mosquito transmissor e nem bugios infectados. O laudo sobre a causa da morte da menina deverá ser divulgado até o final desta semana. Até lá, a região permanece não sendo considerada área de risco.

A 13ª CRS enviou ontem agentes à região de Entre Rios, no interior de Vera Cruz, onde produtores rurais encontraram dois bugios mortos. A equipe não pôde verificar a causa das mortes porque estas ocorreram há mais de oito dias. Mesmo assim, o caso foi notificado à Secretaria Estadual de Saúde.
 
(CP, 27/01/2009)