A governadora Yeda Crusius afirmou que a irrigação é fundamental para o desenvolvimento das regiões do Estado que a cada ano sofrem com estiagens consecutivas. "Irrigação é a solução, sem dúvida", disse. Em entrevista ao programa Conversa com a Governadora, veiculado pela Rádio e TV Piratini, Yeda reforçou que o Executivo tem como foco beneficiar pequenos produtores, fortalecendo a vida no campo. "Isso evita que saiam de sua terra e venham para as cidades", observou, ressaltando a importância de os produtores rurais serem capacitados.

Yeda destacou que o Estado está dividido em 27 regiões - dez das quais consideradas desenvolvidas. Segundo ela, a escassez de água na lavoura explica o subdesenvolvimento dessas outras áreas do Estado. "Isso justifica por que determinadas regiões não conseguem se desenvolver como outras", assinalou. De acordo com a governadora, o chamado G 10 (as dez regiões desenvolvidas)  sabe usar bem a água, enquanto outros pontos não fazem a acumulação dos recursos hídricos. "Embora sejamos ricos, temos de preservar a água para uso humano, animal e da lavoura", ressalvou.

A politica de irrigação do governo do Estado começou ainda em 2007, quando, em apenas quatro meses, o secretário extraordonário da Irrigação e dos Usos Múltiplos da Água, Rogério Porto, percorreu 36 mil quilômetros no Estado, incentivando e conscientizando agricultores sobre a necessidade de reservar a água na abundância de chuvas para reservá-la para os períodos de escassez. Por meio do Pró-Irrigação RS, a estimativa é construir 8 mil microaçudes e cisternas, conforme a demanda dos agricultores.

O projeto é executado em parceria com produtor rural (20%), Estado (40%) e município (40%). A Secretaria de Irrigação busca novas linhas de financiamento para beneficiar os agricultores com os equipamentos necessários. No total, já foram concluídos 600 microaçudes em 48 municípios e capacitados 12 mil agricultores. O Programa Estruturante Irrigação é a Solução também contempla obras por meio de barragens como as de Jaguari e Taquarembó, em Rosário do Sul, que deverão estar concluídas em dois anos e gerar 20 mil empregos - diretos e indiretos.

(Governo do Estado, 26/01/2009)