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chuvas e inundações
2009-01-26
Um dos mais importantes corredores rodoviários brasileiros, que corta o país de norte a sul, atravessando 10 estados, com importância vital no transporte de cargas e passageiros, a BR-116 permaneceu interditada por mais de 20 horas na altura de Campanário, no Vale do Rio Doce, a 391 quilômetros de Belo Horizonte, devido às chuvas que castigam o Leste de Minas.

Liberado no início da tarde de domingo em caráter precário, o trânsito no km 349 voltou a ser fechado em meia pista, uma hora e meia depois, e permanece sob ameaça de nova interdição, até que equipes do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit) possam providenciar obras definitivas na ponte sobre o Córrego Água Preta.

A rodovia foi fechada no sábado e só foi reaberta provisoriamente no domingo, depois que uma equipe do Dnit esteve no local e usou massa asfáltica para tentar corrigir a depressão que se formou na pista. O piso, no entanto, voltou a ceder, levando à interdição parcial menos de duas horas depois de concluído o reparo. Nesta segunda-feira, uma equipe de engenheiros do departamento deve ir ao local verificar a estrutura da ponte, que foi construída há mais de 15 anos.

Enquanto a rodovia permaneceu totalmente fechada, foram mais de 20 horas de espera e angústia, com milhares de motoristas reclamando de fome e sede. O asfalto sobre a ponte começou a afundar na manhã de sábado. À tarde, a pista foi parcialmente interditada, mas às 17h o engenheiro do Dnit de Teófilo Otoni José Carlos Maia inspecionou a ponte e recomendou a interdição total, para evitar maiores riscos.

O inspetor chefe da PRF em Teófilo Otoni, Hans Nick Júnior, determinou que os ônibus voltassem a suas cidades de origem em busca de um desvio seguro. Com várias rachaduras nas cabeceiras, a ponte ameaçava desabar.

Por dia, passam cerca de 7 mil carros pelo local, na estrada que faz a ligação das regiões Sul e Sudeste com o Nordeste do país. Como janeiro é mês de férias, a estimativa da polícia é de que esse movimento esteja superior a 10 mil veículos por dia. Depois que a ponte foi interditada, longas filas de carros e caminhões se formaram pela rodovia. Alguns motoristas preferiram seguir para postos de combustível e lanchonetes às margens da estrada para aguardar a liberação.

Na manhã de domingo, uma equipe do Corpo de Bombeiros de Teófilo Otoni avaliou as condições da ponte e condenou a estrutura. “Está perigoso e a pista pode continuar cedendo. Isso é resultado das chuvas, que elevaram as águas do córrego e comprometeram a base da ponte”, disse o sargento-bombeiro Adivaldo Leal.

Desvios
Alguns motoristas que seguiam em direção ao Rio de Janeiro ou São Paulo preferiram não esperar e tiveram que aumentar o percurso em mais de 400 quilômetros, passando pela rodovia MGT-418, conhecida como Estrada do Boi, até a cidade de Posto da Mata, já no estado da Bahia, e de lá seguir pela BR-101, que dá acesso a São Paulo e Rio de Janeiro.

Para quem seguia para Belo Horizonte, o desvio foi ainda maior, calculado pela Polícia Rodoviária Federal em 600 quilômetros. Nesse caso, depois de chegar à BR-101, os motoristas deveriam seguir até o Espírito Santo, no entroncamento com a BR-259. Para a capital mineira, também havia a opção de passar por Montes Claros, no Norte de Minas, viajando pela BR-251, com aumento de percurso calculado em mil quilômetros.

Quem estava em carro de passeio e seguia para o litoral baiano tinha a possibilidade de usar uma estrada vicinal paralela à 116. Porém, alguns motoristas chegaram a gastar três horas para concluir o percurso de 20 quilômetros, devido às condições precárias da estrada. “Resolvi arriscar, porque estou de férias e com tempo”, disse o motorista Ailton Braga, que seguia de Ipatinga para Porto Seguro (BA).

De acordo com o encarregado de obras da empresa contratada pelo Dnit para fazer a recuperação da BR- 116, Valdemar Ferreira de Morais, as providências tomadas domingo são apenas um paliativo. Segundo ele, no local, apenas a construção de outra ponte vai sanar de vez o problema.

“Jogamos massa asfáltica para corrigir a depressão com aproximadamente 80 centímetros que se formou depois que o asfalto afundou, mas não sabemos quanto tempo esse trabalho vai aguentar”, disse Morais, que nesta segunda-feira retorna ao local para avaliar a situação. “Se necessário, vamos jogar mais massa, para que o trânsito não seja impedido novamente”, disse.

Os trabalhos de reparo do asfalto duraram cerca de duas horas, e alguns motoristas chegaram a ajudar os operários. “Estou com pressa e, se não ajudar, não sei a que horas vou conseguir sair daqui”, comentou o caminhoneiro Jonas Antônio Carlos, de 38 anos, que seguia do Rio Grande do Norte para Santa Catarina. “Como aqui não tem comunicação, estou preocupado com minha família. Eles podem estar imaginando que aconteceu algo de ruim comigo”, disse.

(Por Daniel Antunes, Estado de Minas, 26/01/2009)

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