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passivos da mineração cvrd carajás
2009-01-26

Uma campanha a favor da vida do povo que vive nas áreas exploradas pela mineradora Vale do Rio Doce. Esse é o propósito da Campanha "Justiça nos trilhos!". Iniciada em 2007, por movimentos, associações e cidadãos, a Campanha tem como objetivo cobrar da mineradora uma compensação pelos danos causados ao meio ambiente e à população que vive nas áreas atravessadas pela estrada de ferro Carajás.

Conhecida pela riqueza mineral, a região dos Carajás abrange as cidades dos Estados do Pará e do Maranhão. Para facilitar a exploração dos minerais, a Companhia Vale do Rio Doce construiu uma estrada de ferro que liga a Serra de Carajás, no Pará, à Ponta da Madeira, localizada no litoral maranhense.

A construção das usinas mineradoras e da ferrovia gerou inúmeros danos à natureza e aos grupos que vivem na região. De acordo com padre Dário Dossi, um dos coordenadores da Campanha, em média, de 24 a 27 trens com 330 vagões passam todo dia pela estrada levando as riquezas minerais da região, o que gera lucro para a mineradora e danos ambientais para os povos. De acordo com o padre, a mineradora causa, direta e indiretamente, inúmeros danos para os povos. Além de poluir o ambiente, gera desmatamento e, até mesmo, mortes de pessoas: "Uma vez por mês morre uma pessoa atropelada pelo trem", afirma.

Assim, em 2007, a Campanha "Justiça nos trilhos!" foi criada com o intuito de cobrar da mineradora as devidas compensações pelos problemas causados, que vão desde compensações e indenizações pelos danos ambientais surgidos na região a partir dos empreendimentos ao longo das ferrovias, até a reativação do "Fundo de Desenvolvimento" que a mineradora tinha antes de ser privatizada. Segundo Dário, a Campanha surgiu, principalmente pela "questão ambiental e falta de repartição dos lucros".

Para o coordenador, a Campanha tem como objetivos principais: documentar os impactos da Vale na região e articular os movimentos em diversos locais do Brasil e do mundo onde a mineradora atua, além de formular estratégias para minimizar os danos que a Vale causou. "Queremos consertar o impacto que ela causou", explica.

A Campanha irá aproveitar a nona edição do Fórum Social Mundial, que acontecerá entre os dias 27 de janeiro e 1º de fevereiro deste ano, na cidade de Belém (Pará), para articular com outros movimentos nacionais e internacionais, além reforçar a pressão sobre a mineradora. Segundo padre Dário, a Campanha irá apresentar, no Fórum, cinco atividades que mostram os conflitos dos povos com a Vale.

As atividades, de acordo com o padre, funcionarão a partir de três eixos: econômico, no qual será abordada a questão da falta de divisão dos lucros da mineradora; ambiental, com enfoque nos impactos ambientais; e jurídico, no qual será levantado o número de processos contra a Vale. "Só em nível trabalhista são mais de oito mil processos", comenta.

A campanha "Justiça nos trilhos!" atua não somente nos Carajás, mas também em outras regiões brasileiras e até mesmo em outros países em que há o conflito entre os povos e a Vale. Moçambique, Indonésia e Canadá são apenas alguns países onde a Campanha atua e que vão estar presentes no FSM.

As matérias do projeto "Ações pela Vida" são produzidas com o apoio do Fundo Nacional de Solidariedade da CF 2008.

(Adital, 23/01/2009)


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