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celulose e papel aracruz/vcp/fibria
2009-01-26

Apesar de ser público, BNDES investe em grandes empresas do agronegócio

O controle da papeleira Aracruz Celulose agora está nas mãos do grupo Votorantim. Após um investimento de R$ 5,4 bilhões, a Aracruz será incorporada à Votorantim Papel e Celulose (VCP). A compra só foi possível devido à ajuda dada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O banco fará um subsídio de R$ 2,4 bilhões para a VCP, o que corresponde a mais de 40% do valor do negócio. Esta é a segunda grande ajuda, com recursos públicos, que o grupo Votorantim recebe este ano. No início de janeiro, o Banco do Brasil injetou R$ 4,2 bilhões no banco Votorantim, comprando pouco menos de 50% do banco. Assim, a família Ermírio de Moraes, dona da instituição, manteve o controle acionário, mas a gestão passou a ser compartilhada com o Banco do Brasil. Enfrentando dificuldades, especialmente após a intensificação da crise econômica mundial, a família procurou o Palácio do Planalto. O grupo Votorantim - um dos grupos controladores da empresa Aracruz Celulose - foi um dos mais afetados pela crise cambial no último ano, com grandes perdas em operações com dólar no mercado financeiro.

Agora, o BNDES, que já detinha 12,5% do capital votante da Aracruz e uma pequena participação na VCP, irá integrar o bloco controlador da empresa, com 26% do seu capital total. O grupo Votorantim terá pouco mais de 29% das ações. Com a compra, a VCP se torna a maior fabricante mundial de celulose de fibra curta, obtida a partir do eucalipto. Esta notícia movimentou a Bolsa de Valores em São Paulo. A operação foi o grande destaque, no dia 20, na Bovespa. As ações ordinárias da Aracruz subiram mais de 108%.

Os principais acionistas da Aracruz são os grupos brasileiros Safra e Votorantim, o grupo norueguês Lorentzen e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O BNDES é o organismo brasileiro que mais chama a atenção por sua ação aparentemente contraditória. Apesar de ser público, o banco age como instituição privada investindo em grandes empresas do agronegócio. No final de 2006, a instituição investiu mais de R$ 600 milhões na Aracruz Celulose e na Votorantim.

Um relatório produzido pela entidade de ambientalistas denominada Bank Track, divulgado em março de 2008, trazia a discussão sobre a falta de compromisso de boa parte das instituições financeiras mundiais com um desenvolvimento sustentável. No relatório, o Bank Track pedia que esses organismos parassem de investir em empresas como a Aracruz Celulose. A companhia é uma das maiores do mundo no ramo de celulose. Ela administra uma área de quase 400 mil hectares de plantações de eucalipto e é criticada por agredir povos indígenas, comunidades rurais e quilombolas.

O Bank Track mostrava, no relatório, como a Aracruz é responsável pela destruição da Mata Atlântica para suas plantações nos anos 70 e hoje faz pesquisa para plantação de árvores geneticamente modificadas. A companhia também havia sido multada, em 2008, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por plantar árvores em áreas de proteção ambiental, situadas no sul do estado da Bahia. O valor da punição superava R$ 600 mil.

(EcoAgência*, 25/01/2009)
*Com informações da Radioagência NP


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