Mais de mil participantes do Fórum Social Mundial formarão uma faixa humana chamando à atenção para o perigo que corre a Floresta Amazônica. O grupo utilizará seus corpos para escrever a mensagem "SOS AMAZÔNIA" que será fotografada e transmitida do alto para todo o Mundo. Manifestação ocorrerá dia 27 de janeiro, às 10h30min, na Universidade Federal Rural da Amazônica.
Líderes indígenas, organizações sociais e ambientais promovem, dia 27 de janeiro (terça-feira), às 10h30min, uma manifestação inédita em defesa da Floresta Amazônica. Mais de mil participantes do Fórum Social Mundial formarão uma faixa humana chamando à atenção para o perigo que corre a Floresta Amazônica. O grupo utilizará seus corpos para escrever a mensagem "SOS AMAZÔNIA" que será fotografada e transmitida do alto para todo o Mundo.
As imagens e vídeo de alta resolução da bandeira humana - formada especialmente por diversas nacionalidades indígenas - estarão disponíveis logo após o acontecimento.
Os organizadores da manifestação que ocorrerá no Palco Principal da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) esperam que esta mensagem mobilize os líderes mundiais a priorizar a Amazônia e os direitos dos povos indígenas, bem como o término do seu desmatamento galopante.
Dirigida por líderes indígenas de nove países da Amazônia que se reúnem em Belém para o Fórum Social Mundial, esta "Mensagem do Coração da Amazônia" foi pensada para chamar a atenção sobre o aumento dos problemas ecológico e social da Floresta Amazônica e seus povos indígenas. Na coordenação do ato estão organizações indígenas do Brasil como a COIAB (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira) e da Grande Amazônia como a COICA (Coordenadora das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica) em coalizão com a ArpinSul (Articulação dos Povos Indígenas do Sul), Organização Indígena do Tocantins, Amazon Watch, Rainforest Action Network, Aliança Amazônica e Spectral Q.
Na avaliação dos promotores do ato, a Floresta Amazônica se aproxima rapidamente de seu ponto crucial. "Quase um quinto da Floresta foi devastada nas últimas quatro décadas, e a cada ano entre 11.000 e 27.000 km² a mais são destruídas. Se os planos de desenvolvimento para a Amazônia seguirem sem controle, cientistas prevêem que a região inteira – fundamental para a estabilidade climática mundial – estará à beira de uma crise ecológica de um ponto sem volta em um prazo de 10 a 20 anos. Este processo liberaria quantidades massivas de carbono na atmosfera, acelerando a mudança climática em nível global", afirmam.
(Carta Maior, 25/01/2009)