O IPA (Instituto Agronômico de Pernambuco) através de suas Estações Experimentais em Itapirema (Goiana) e Araripina, (Sertão do Araripe) vem realizando uma série de pesquisas para implantar o eucalipto em algumas áreas no Estado e, consequentemente, minimizar os efeitos da exploração desordenada da Mata Atlântica.
Na Caatinga, por exemplo, a degradação já chega aos 40%. Espécies nativas como Umbuzeiro e Aroeira, mesmo sendo protegidas pela Legislação Florestal, estão ameaçadas em virtude das práticas extrativistas. Para a Mata Atlântica, o quadro não é muito diferente. Existe apenas cerca de 10% de mata ainda nativa. Diante desse quadro, o eucalipto pode ser utilizado como uma importante ferramenta no combate a degradação vegetal.
No IPA Itapirema, cerca de 3 mil mudas produzidas em casas de vegetação da própria Estação, já foram plantadas. Os cultivares gerados subsidiarão as ações do Programa de Eucalipto, que visa implantar a espécie em regiões da Zona da Mata do Estado. Hoje, parte dessa área é ocupada pelo cultivo da cana-de-açúcar.
Em Araripina, cinco espécies, cultivadas em 10 hectares, estão passando por testes de rendimento e produtividade. Além do plantio e acompanhamento de algumas variedades do gênero Eucalyptus, está sendo realizado um trabalho de avaliação. A cada seis meses, as variedades estão sendo medidas. Clones também estão sendo avaliados e algumas sementes selecionadas. Esse último processo considera, entre outras questões, as condições agroclimáticas de cada região.
A vantagem desse projeto é desenvolver ações que caminhem para o agronegócio do eucalipto e barrar, não só a exploração extensiva dos biomas pernambucanos, mas também incentivar o cultivo de uma fonte de energia renovável e com alto potencial produtivo. Atualmente, o material vegetal explorado nos dois biomas segue, em grande parte, para o Pólo Gesseiro do Araripe, onde é utilizado como lenha, e para a indústria da celulose.
( Fiesp -
Adaptado por Celulose Online, 23/01/2009)