Carros elétricos e híbridos são as apostas das grandes montadores para enfrentar a crise no setor. As principais novidades foram apresentadas no último Salão do Automóvel, em Detroit, nos Estados Unidos, este mês. O repórter do New York Times, Bill Vlasic, fez um “test-drive” e aprovou o protótipo totalmente elétrico da Ford.
Ao contrário dos veículos tradicionais, com motores de combustão, o carro movido à bateria de 23 quilowatts/hora não emite gases poluentes. Ele também não tem óleo, nem outras peças hidráulicas. O motor fica abaixo do sistema eletrônico de potência, com conexões de alta voltagem. Um compressor elétrico abastece o ar condicionado e outros componentes.
Dentro do carro, no painel, é possível acompanhar o consumo de energia. O Focus elétrico da Ford precisa ser carregado por seis horas, em média, para percorrer o equivalente a 160 quilômetros. O preço provável do veículo ainda não foi divulgado pela empresa. Mas a expectativa é de que o modelo seja bem recebido pelos consumidores.
“Um dos comentários mais comuns é que em um equipamento elétrico as pessoas não querem virar uma chave, e sim apertar um botão. Ainda não é assim, mas seria possível. Em última análise, girar a chave faz sentido quando você tem que girar uma manivela. Aqui não tem isso, porque é um sistema elétrico. Uma luz pode dizer que está ligado, como em uma cafeteira”, comenta Bárbara Samardzich, executiva da Ford.
No “test-drive” o carro teve desempenho de direção e aceleração iguais aos carros comuns. O que mais chamou atenção foi o motor silencioso. “Acho que é como qualquer tecnologia nova. Teremos os usuários pioneiros que vão aderir logo, seja qual for o motivo. O próximo grupo vai ver a experiência positiva dessas pessoas e aderir também”, acredita Samardzich.
(G1, 24/01/2009)