Secretaria mantém a estratégia de estimular vacinação na região de risco
Um homem de Santo Ângelo, na região das Missões, tornou-se ontem o terceiro nome na lista de vítimas da febre amarela no Rio Grande do Sul. O laudo do Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, instituição referência no país, chegou para a Centro Estadual de Vigilância em Saúde, que confirmou a enfermidade como a causa da morte. O homem de 41 anos havia morrido no dia 9.
A morte, no entanto, não alterou o plano do governo para conter a doença. O secretário estadual da Saúde, Osmar Terra, diz que o pior já passou.
– Só temos uma coisa a fazer: vacinar, vacinar e vacinar. Chegamos na marca de 88% da população dos 111 municípios em risco já vacinada. O risco diminui a cada dia – aponta.
Em razão disso, o secretário não teme que a doença se alastre e cause um grande número de mortes, como ocorreu entre 2007 e 2008 no Estado de Goiás.
– Lá morreram 28 pessoas. Isso não vai acontecer aqui. Não digo que não irá haver mais mortes, mas os casos confirmados agora são todos de 10 a 15 dias atrás. Não houve mais registros depois – ressalta Terra.
O secretário afirma que 90% dos moradores de Santo Ângelo já receberam a vacina, atingindo a meta. Apesar de morar na zona de risco, a vítima não havia recebido imunização. Ele apresentou os sintomas da doença, como febre e dores no corpo, durante o primeiro fim de semana deste ano.
Os outros dois casos confirmados até agora foram de uma mulher de 31 anos, também residente de Santo Ângelo, que morreu no feriado de Natal. O outro registro é de um homem de 28 anos, que vivia em Nova Santa Rita, na Grande Porto Alegre. Apesar de morar fora da área de risco, o jovem viajou no Natal para a cidade de Pirapó, na região de alerta, onde contraiu a enfermidade. Os dois também não haviam se vacinado.
Outras três mortes ocorridas neste mês ainda estão sob investigação, podendo aumentar para seis o número de vítimas no Estado. Os casos em análise são de duas pessoas em Santo Ângelo e outra de São Borja. Os resultados devem ser divulgados na próxima semana pelo Instituto Adolfo Lutz.
(Zero Hora, 24/01/2009)