A presença da ave costeira talha-mar no Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram), do Museu Oceanográfico da Furg, é rara. Nesta semana, porém, o Cram recebeu vários exemplares da espécie. Das sete aves que chegaram de segunda-feira até ontem, duas morreram e cinco estão em tratamento. Elas foram encontradas por populares na beira da praia do Cassino, entre o Molhe Oeste e a localidade de Querência, e estavam imóveis, movimentando apenas a cabeça. Conforme o veterinário Rodolfo Pinho da Silva, do Cram, as aves se encontravam desidratadas devido ao tempo que ficaram expostas ao sol.
O médico veterinário acredita que elas tenham sofrido intoxicação alimentar. Material coletado dos dois talha-mares que morreram será enviado à Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) para análise, na tentativa de descobrir a causa. Os cinco que permanecem no Cram estão sendo hidratados, alimentados e estabilizados. Também receberam idenficação provisória. Não há previsão de quando esses talha-mares estarão em condições de serem liberado em seu ambiente. Os exemplares da espécie têm bico avermelhado, asas escuras e o peito branco.
(CP, 23/01/2009)