Cerca de 1,5 mil pessoas participam da festa de 25 anos do movimento em Sarandi
Reunidos na sede do assentamento da antiga Fazenda Anonni, em Sarandi, no norte do Estado, os cerca de 1,5 mil participantes da festa de 25 anos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) decidem nesta sexta-feira como o movimento quer ser visto pela sociedade nos próximos anos.
No quarto dia de encontro, que termina no sábado, os sem-terra terão uma das discussões mais importantes do dia. O posicionamento do grupo perante à sociedade já é motivo de discórdia dentro do próprio MST. Integrantes do movimento, que participam do encontro, revelam que há uma divisão sobre para qual rumo seguir.
— Lá dentro, uns acham que temos que continuar com ações mais fortes. Outros já pensam em partir para atitudes mais simpáticas à população — disse.
Estas atitudes seriam participar ativamente de programas sociais no campo e na cidade, divulgar melhor os projetos educacionais e sociais realizados dentro dos assentamentos e promover ações voluntárias nas comunidades em que já existe sem-terra assentados. O deputado estadual Dionilso Marcon (PT), que chegou na Anonni na tarde de ontem, defende a continuidade da luta para conquista da reforma agrária.
—Temos que investir nos pequenos. Já que os grandes que pegam dinheiro emprestado e não pagam, não geram emprego e nem desenvolvimento—disse o deputado, que também nega que aja uma discussão no evento sobre uma mudança de atitude do MST.
(Por Leandro Belles, ZH, 23/01/2009)