A população tem papel fundamental na prevenção à dengue e febre amarela. “Sem ajuda a gente não tem como dar conta de manter o município livre do mosquito transmissor”, salientou ontem a coordenadora do setor de Epidemiologia da Secretaria da Saúde de Lajeado, Sandra Matte, na capacitação dos 60 agentes comunitários de saúde que agora passam a reforçar o mutirão de prevenção.
Na atividade, realizada no auditório da prefeitura, o agente epidemiológico Leonardo Santi Bazanella prestou as orientações que serão repassadas à comunidade. “Somando-se ao serviço prestado pelos nove profissionais da Sesa com o trabalho das 60 agentes de saúde - que já mantêm uma relação mais próxima em suas áreas de abrangência -, nosso objetivo é ter o maior número de pessoas mobilizadas na prevenção de focos, reforçando a conscientização e a orientação.”
Os agentes epidemiológicos também atendem às áreas da cidade ainda não cobertas pelas agentes de saúde, como o Alto do Parque, São Cristóvão, Florestal e parte do Centro, Hidráulica, Universitário e Carneiros. O único foco do Aedes aegypti registrado até agora foi recentemente no Florestal e trata-se de um caso isolado. A equipe segue com a varredura em toda a área adjacente.
Para obter o sucesso esperado, a Sesa pede aos moradores que atendam os servidores municipais encarregados das visitas. “Nossos agentes epidemiológicos e de saúde estão todos identificados com crachá e uniforme da Secretaria da Saúde”, diz Sandra Matte. Se houver qualquer dúvida, basta telefonar para 3982-1113 ou 3982-1114.
“Reforçamos a necessidade de cada morador e proprietário de imóvel manter seu pátio, área ou terreno livre de reservatórios com água parada”, frisa. Além disso, reitera que nos cemitérios também não pode haver água parada em vasos. “A solução é manter areia até a borda nos vasos de modo que não fique aparecendo água e
dispensar os ‘pratos’ onde a água costuma ficar acumulada.” As piscinas precisam ter a água tratada com cloro. Quem viajar deve responsabilizar alguém pela tarefa.
Tampas para reservatóriosA agente de saúde Lisane Miorando foi a campo ontem no Bairro Olarias. Acompanhada por Leonardo Bazzanela, encontrou na casa de Marlise Dupont um reservatório sem tampa, com água esverdeada. Marlise foi alertada sobre os riscos desse ser um lugar propício para gerar larvas de mosquitos.
“A gente tem consciência de que manter esse reservatório sem tampa está errado, mas eu já vinha colocando água sanitária para prevenir focos”, falou a moradora, acreditando que isso bastava. A agente orientou que, para esses casos, a Sesa oferece capas gratuitas destinadas a cobrir caixas e/ou reservatórios de água, no formato quadrado e redondo.
Basta que o morador se dirija à sede da secretaria - na Rua Pinheiro Machado, esquina com a Rua João Abott. “Vou logo providenciar isso”, afirmou Marlise, enquanto mostrava os pneus velhos já mantidos em área coberta.
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O Informativo do Vale, 22/01/2009)