Retomada da fusão da VCP e da Aracruz não desanima municípios
A possibilidade de a fábrica de celulose prometida para o sul do Estado não sair do papel, após a retomada do processo de fusão entre a Votorantim Celulose e Papel (VCP) e a Aracruz, não desanima a região. Prefeitos se dizem otimistas quanto à manutenção do projeto de construção de uma planta.
A fusão foi retomada na terça-feira e, para analistas, coloca em dúvida um dos dois investimentos previstos para o Estado – a ampliação da unidade da Aracruz em Guaíba ou a construção da fábrica na zona sul. A tendência da empresa seria a de manter o projeto de Guaíba.
No entender dos prefeitos de Arroio Grande, Jorge Luiz Cardozo (PDT), e de Rio Grande, Fábio Branco (PMDB), municípios cotados para receber a unidade da VCP, ainda não há motivo para preocupação. A tranquilidade é demonstrada pelo presidente da Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul):
– Eles já têm cerca de 110 mil hectares de terras na região. Acredito que não irão levar eucalipto até Guaíba e depois voltar e embarcar na região – argumenta Hamilton Silvério Lima, que tentará uma reunião com diretores da Votorantim para buscar informações sobre o futuro da fábrica.
Economista da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Erli Soares Massaú é cauteloso, mas acredita na manutenção do projeto:
– O plantio na região é muito grande e, mais cedo ou mais tarde, a fábrica vai ter de sair. Após a estabilização da crise, a tendência efetiva é de crescimento.
(ZH, 22/01/2009)