Uma mancha escura que apareceu no Rio dos Sinos em Novo Hamburgo e São Leopoldo na manhã de terça-feira deixou a água turva em diversas casas e preocupou a comunidade. No entanto, segundo o engenheiro do Serviço Municipal de Água e Esgotos de São Leopoldo (Semae), Roberto Mansur, a mancha não se tratou de poluição e teria ocorrido em função da forte chuva de segunda-feira, que causou um deslizamento de terra.
“Um mar de lama desceu para a correnteza e isso atrapalhou o trabalho da Estação de Tratamento de Água São José (ETA 1) que, por ser muito antiga, de 1929, não teve capacidade de fazer o tratamento.’’ Conforme ele, a situação foi controlada ainda na noite de terça-feira.
O ponto em que ocorreu o deslizamento não foi identificado. Só se sabe que ele fica fora de São Leopoldo, onde equipes do Semae fizeram vistorias. Em Novo Hamburgo, a Comusa também precisou reduzir o volume de tratamento em função da coloração anormal do rio. A queda foi em 10%.
“Agimos desta maneira para reduzir a vazão de água no sistema e evitar que este material passe pelo tratamento. Dificilmente se descobrirá o que aconteceu, só com uma varredura no rio’’, disse o engenheiro da Comusa Julio César Macedo.
A população sentiu o reflexo, já que a água barrenta chegou às casas. A cabeleireira Raquel França, 35 anos, tem um salão de beleza e percebeu o problema no final da tarde de terça. “Fechei o salão e quando cheguei em casa e fui escovar os dentes, vi aquela água marrom, bem suja. Felizmente, o problema foi resolvido rápido.’’
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Jornal NH, 22/01/2009)