O número de postos de trabalho no sector da energia eólica vai mais do que duplicar na União Europeia para 330 mil em 2020, segundo um relatório da Associação Europeia da Energia Eólica (EWEA, sigla em inglês) divulgado ontem. “A energia eólica não tem apenas o potencial para satisfazer de forma sustentável o aumento da procura de electricidade mas também representa um estímulo vital para as economias”, comentou Christian Kjaer, director-executivo da associação.
Em 2020 espera-se que 12 por cento da electricidade da União Europeia seja gerada pela energia do vento, como parte do plano do bloco para combater as alterações climáticas e reduzir a dependência das importações de petróleo e gás natural. Como a Rússia. “A Rússia brinca com as torneiras todos os anos”, disse Kjaer. “A situação não irá melhorar e não podemos continuar a apostar toda esta riqueza num grupo de nações exportadoras de combustíveis fósseis”, acrescentou.
Em 2007, o sector da energia eólica empregava, directamente, 108.600 pessoas, 59 por cento das quais na manufacturação de turbinas e componentes e as restantes na instalação, manutenção, desenvolvimento de projecto e investigação, segundo o relatório da EWEA. O número de empregos indirectos era 42.700. A Alemanha, Espanha e Dinamarca – sede de várias empresas pioneiras na tecnologia – absorvem três quartos destes empregos, a maioria concentrada nas áreas de Esbjerg (Dinamarca) e Navarra (Espanha).
(AFP, Ecosfera, 21/01/2009)