Durante o programa Conversa com a Governadora - da Rádio e TV Piratini -, nesta quarta-feira (21), a governadora Yeda Crusius afirmou que a reestruturação em andamento do setor de celulose e papel vai beneficiar o Rio Grande do Sul. "As florestas cultivadas aqui para extração de celulose podem ser cortadas mais rapidamente em relação às demais nações produtoras", afirma.
No Estado, as empresas cortam as florestas em sete anos, enquanto em outros países pode demorar até 40 anos. Os gaúchos também têm uma das maiores produtividades do setor no mundo. Sobre as condições de produção de florestas para extração de matéria-prima ao setor, a governadora observa que o Rio Grande do Sul tem a maior insolação do hemisfério, devido a sua posição no globo terrestre, o que favorece o cultivo.
Acordo
Em comunicado ao mercado financeiro, nessa terça-feira (20), a Votorantim Celulose e Papel (VCP) informou sobre um acordo para compra de participação de 28% da Aracruz Celulose. As 127,5 milhões de ações serão adquiridas por R$ 2,71 bilhões. Os dois sócios remanescentes da Aracruz - Grupo Votorantim e BNDES - passam a formar o novo bloco de controle da companhia. Serão realizados um aumento de capital, uma oferta pública de ações e uma incorporação.
Yeda disse que foi comunicada da decisão pelo presidente da VCP, José Luciano Penido, e destacou que a informação leva o governo gaúcho a prever que os investimentos do setor voltarão a ser atraídos para o Estado. Também ressaltou que o Rio Grande do Sul está preparado para disponibilizar infra-estrutura a serviço de futuros investimentos.
Ao final de todas as etapas da reestruturação, a VCP terá incorporado as ações da Aracruz e surgirá, então, uma nova empresa, com controle brasileiro, líder em celulose no mundo e referência em governança corporativa. Já o BNDES assinou acordo de investimento com a Votorantim e seus controladores, que prevê o apoio da Bndespar à reestruturação societária.
A nova companhia surgirá com capacidade produtiva anual de 5,8 milhões de toneladas, mais de 1 milhão de hectares em áreas manejadas, cerca de 15 mil funcionários - entre diretos e terceirizados - e R$ 7 bilhões em receita líquida anual.
(Governo do Estado, 21/01/2009)