Considerando ser deficiente o tratamento e a distribuição da água que abastece a Vila Piquiri, o líder comunitário Armando Bicca Pedroso pretende pedir para  o prefeito Sérgio Ghignatti que o serviço seja repassado para a Corsan. Conforme Bicca, a água que abastece as cerca de 200 casas na Vila Piquiri é captada de um poço artesiano, sendo tratada e distribuída pela Prefeitura.

Todavia, Bicca afirma que essa água chega nas residências com excesso de cloro. Além disso, o morador salienta que a pressão da água para distribuição é fraca, o que muitas vezes acaba comprometendo o abastecimento, deixando algumas residências com as torneiras secas.

Na semana passada, Bicca esteve na Corsan, de onde saiu otimista após conversa com a gerente substituta Luciane Corrêa Roznieski. Conforme ela, para que este serviço seja assumido pela Corsan é preciso que a Prefeitura faça o pedido. "A Prefeitura teria que conceder a prestação do serviço à Corsan. Temos condições de prestar o serviço sem problemas", salienta Luciane.

No entanto, hoje existe uma briga judicial entre a Prefeitura e a Corsan, onde o contrato de concessão da prestação do serviço em Cachoeira do Sul está sob análise, impedindo que as partes cheguem ao consenso sobre o Piquiri.

Outro lado
De acordo com o vice-prefeito Ronaldo Trojahn, a Prefeitura tem interesse em repassar o serviço na Vila Piquiri para a Corsan. Para isso ele afirma que a localidade precisaria ser incluída no contrato entre Executivo e Corsan, hoje discutido na Justiça. "É a nossa ideia. Em caso de renovar com a Corsan vamos incluir a Vila Piquiri", enfatiza Trojahn.

Caso a água na Vila Piquiri passe a ser fornecida pela Corsan, os moradores teriam de pagar pelo serviço, que hoje é de graça. Bicca afirma que a própria Prefeitura é quem paga a energia gasta para bombear a água do poço para as residências. Ele observa que a Vila Piquiri merece melhor tratamento, pois apesar de ser no interior os moradores pagam o IPTU.

(Por Robson Neves, Jornal do Povo, 21/01/2009)