Os municípios de Canoas, Esteio, Novo Hamburgo, Rolante, São Leopoldo, Sapucaia do Sul e Taquara, além de Guaíba e Alvorada, participaram de uma audiência na manhã de ontem em Brasília. O intuito do encontro, na sede da Casa Civil, no Palácio do Planalto, foi encaminhar a inclusão de projetos no Programa de Drenagem Urbana Sustentável, que é vinculado ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e voltado às regiões consideradas áreas de risco para inundação.
A definição sobre quais municípios receberão recursos deve sair, segundo o prefeito de Novo Hamburgo, Tarcísio Zimmermann (PT), no 11 de fevereiro. A reunião teve a participação de representantes da Casa Civil e dos Ministérios do Planejamento, das Cidades e da Integração Nacional, além da Secretaria do Tesouro Nacional.
Quando recebeu a confirmação da data da reunião, Tarcísio organizou uma força-tarefa, envolvendo as secretarias de Obras, Planejamento e Meio Ambiente, que aprontou 16 projetos entregues ontem pelo chefe do Executivo hamburguense ao Grupo Executivo Gestor do PAC. Somadas, as propostas ultrapassam os R$ 22 milhões.
O prefeito explica que todos os projetos contemplam questões emergenciais, que podem ser resolvidas a curto prazo.
Os projetos de Novo HamburgoOito projetos contemplam o Arroio Pampa, com obras de canalização das áreas que normalmente sofrem com enchentes, construção de pontes e de galerias. O pedido foi de aproximadamente R$ 15 milhões.
Para a bacia do Arroio Luiz Rau, que corta o Centro, foram solicitados R$ 2,75 milhões para três obras de canalização, em pontos como o da Avenida Nações Unidas, na Rua Caxias do Sul, no bairro Rincão, e próximo ao cruzamento das Rua Bento Gonçalves com a Alberto Torres.
No Arroio Manteiga, no bairro Rondônia, a proposta é investir, caso aprovado, R$ 1,6 milhão em canalizações e pontes. No bairro Liberdade, região afetada pelas cheias do Arroio Guarani, o pedido foi de R$ 1,5 milhão para a conclusão de sua canalização próximo à Rua Andrade Neves.
Duas pontes estão previstas sobre o Arroio Gauchinho, no bairro Liberdade, cujo valor estimado é de R$ 1,4 milhão. Em parceria com a prefeitura de São Leopoldo, foi apresentada uma proposta para a reforma da Casa de Bombas do bairro Santo Afonso no valor de R$ 2,5 milhões.
O local tem sete bombas e só uma funciona corretamente. A intenção é reduzir o risco de alagamento de toda a região mais baixa da Santo Afonso, no final da Avenida Nações Unidas, pegando as Vilas Palmeira e Costa Rica
Canalização é prioridade em Rolante e TaquaraO prefeito de Rolante, Pedro Rippel (PMDB), considera prioritária a canalização do riacho localizado no bairro Rio Branco. "Só faltam alguns detalhes técnicos para concluir o projeto", disse ele, que mesmo assim apresentou ontem a proposta em Brasília.
Já o prefeito de Taquara, Délcio Hugentobler (PDT), solicitou verba para dois projetos: um deles trata-se de uma canalização que deve beneficiar 4 mil residências, ou aproximadamente 12 mil habitantes. O outro refere-se à recuperação do Arroio Sonda que, se aprovado, deve refletir na melhoria das águas do Rio dos Sinos, trazendo mais qualidade ambiental para a região.
Os projetos de Rolante - Canalização de 1,1 mil metros do riacho do bairro Rio Branco para evitar alagamentos e erosão causados em períodos de chuvas
- Projeto de construção de um dique à margem do Rio Areia, próximo ao loteamento Grassmann, numa extensão de 800 metros. O custo é de R$ 1,2 milhão
- Contenção do Rio Rolante na volta do Barreiro, na localidade da Fazenda Passos. A previsão é de 250 metros de contenção, num custo de R$ 1,7 milhão
Os projetos de Taquara - Recuperação do Arroio Sonda, que despeja, no Rio dos Sinos, o esgoto cloacal do bairro Empresa. A proposta é construir macrodrenagem e estação de tratamento de efluentes. O custo é de R$ 1,6 milhão
- Canalização de 1.599 metros com canos de 1,20 metro de diâmetro entre as RSs-020 e 115, cruzando a cidade do bairro Petrópolis até os bairros Jardim do Prado e Santa Maria. A prefeitura entende que obra acabaria com os problemas de alagamentos na área central de Taquara. O custo estimado é de R$ 6,6 milhões
(Por Thiago Buzatto,
Jornal NH, 21/01/2009)