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catadores de lixo
2009-01-21
epresentantes do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) denunciaram ontem (20) que a atividade foi sensivelmente prejudicada pela crise financeira internacional e que, se algo não for feito nos próximos 90 dias, muitos catadores migrarão para outras atividades informais, prejudicando as empresas compradoras desse tipo de material.

“A situação está crítica, e todos os estados passam por problemas, principalmente os do Nordeste, que estão com maior quantidade de material parado. Nossa renda caiu vertiginosamente e até as cooperativas estão com dificuldades para pagar o custo operacional, após uma queda de 25% em suas receitas”, afirmou coordenador nacional do MNCR em São Paulo, Roberto Laureano.

“Provavelmente muitas cooperativas vão falir se, em 90 dias, uma solução não for apresentada. Já estamos usando o nosso fôlego final e, sem alternativas, praticamente todos os catadores abandonarão a atividade para trabalhar como marreteiros, na informalidade, e vendendo coisas nas ruas”, advertiu.

Segundo Laureano, os preços pagos atualmente não permitem mais a sobrevivência dos catadores. “Em São Paulo, a queda dos preços do quilo de material chega a 62%, caso do ferro, que em setembro custava R$ 0,42 o quilo e em novembro estava a R$ 0,16”.

Laureano informou que o papelão, no mesmo período, baixou 14%, passando de R$ 0,28 para R$ 0,24 o quilo. O plástico coletado também baixou, passando de R$ 0,40 para R$ 0,30 – uma redução de 25%. O alumínio, que estava a R$ 3,40 em setembro, estava em novembro a R$ 2,90. Atualmente, os catadores recebem das empresas apenas R$1,80 por quilo do produto, uma queda de 47%.

“Em dezembro sequer teve cota para o alumínio, uma vez que não houve comercialização do produto”, completou.

Em Minas Gerais, a situação não é diferente, disse o coordenador nacional do MNCR no estado, Luiz Henrique da Silva. Segundo ele, entre setembro e janeiro, o preço do quilo de papelão especial baixou de R$ 0,47 para R$ 0,12; o papelão fino, de R$ 0,37 para R$ 0,10; o jornal, de R$ 0,27 para R$ 0,08; o papel misturado, de R$ 0,15 para R$ 0,01; e o papel branco, de R$ 0,47 para R$ 0,30

“O ferro, que em setembro custava R$ 0,28, parou de ser comprado desde o dia 20 de novembro. Nossa expectativa é que, a partir do dia 26 de janeiro, vendamos esse tipo de material a R$ 0,10 o quilo”, disse Luiz Henrique.

O plástico também teve queda acentuada de preço em Minas, baixando de R$ 1,00 para R$ 0,60, o quilo. E o plástico de garrafas pet, de R$1,20 para R$0,60. “Teoricamente o preço do plástico é cotado pelo dólar, mas, como não existe ferramenta de controle, as empresas não repassam a alta do dólar para os catadores. E, quando a moeda está em baixa, elas também baixam os valores pagos. Infelizmente não temos nenhuma ferramenta para combater isso”, lamenta.

“Do mesmo jeito que as empresas recebem incentivos fiscais e econômicos dos governos federal estadual e municipal, nós também queremos ajuda. Até porque são as cooperativas as verdadeiras geradoras de emprego. Estimamos que haja cerca de 800 mil catadores de material reciclável no país. A absoluta maioria não tem carteira assinada e é responsável por 90% do processo de reciclagem. No entanto, pelos cálculos do movimento, recebemos apenas 10% do lucro resultante desse tipo de comércio”, explica Luiz Henrique.

A situação, segundo ele, está insustentável nas capitais. “E no interior está ainda pior, porque lá a atividade é mais forte em função da menor oportunidade de trabalho”. De acordo com ele, 71% dos catadores ainda estão nos lixões.

Luiz Henrique lembrou que, na Lei de Saneamento, existe um artigo que dispensa as licitações quando as contratadas são cooperativas ou associações de catadores, mas disse que a norma legal não está sendo implementada porque, na prática, os municípios querem contratar empresas”, informou.

“Prefeituras, estados e governo federal precisam aproveitar essa lei e contratar mais o serviço de cooperativas e associações, se desejam evitar uma crise ainda maior de desemprego”, completou o coordenador do MNCR em São Paulo, Roberto Laureano.

(Agência Brasil, 21/01/2009)

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