Com o argumento de que a vacina com vírus atenuado traz riscos, a Secretaria Estadual da Saúde descarta a hipótese de se vacinar em massa toda a população gaúcha. Em 2002, o Estado registrou uma morte em razão das reações provocadas pela vacina. Por isso, somente quando os riscos de contaminação por febre amarela superam os provocados pela vacinação é que se opta pela imunização.
Na opinião do médico infectologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Gustavo Johanson, a opção é correta:
– Não temos como erradicar a febre amarela silvestre porque temos muitas matas onde o mosquito se prolifera. A vacina tem restrições.Por isso, deve se vacinar quem está na área de risco ou quem viajar para lá.
O último município a entrar na área de risco foi Tunas, próximo de Candelária. Agora, são 111 cidades gaúchas nas quais os moradores precisam se vacinar. Quem deseja ir para esses locais precisa se imunizar 10 dias antes da viagem.
O Estado registra duas mortes por febre amarela desde dezembro. Outros três pacientes estão sob suspeita.
(ZH, 20/01/2009)