O Governo indiano descartou hoje a participação do setor privado na indústria nuclear civil do país nos próximos cinco anos e anunciou um plano para gerar 50 mil megawatts em 2040. O vice-ministro de Comércio e Energia, Jairam Ramesh, pronunciou um discurso em uma conferência dedicada a explorar as possibilidades de negócio em matéria de energia atômica civil com o Reino Unido e defendeu que a Índia se transforme em um exportador de equipamentos nucleares.
"A primeira fase da expansão da energia nuclear ocorrerá exclusivamente no setor público", afirmou o ministro, citado pela agência "Ians". No ano passado, a Índia fechou com os Estados Unidos um acordo de cooperação nuclear civil que o primeiro-ministro Manmohan Singh viu como "o final de décadas de um longo isolamento" atômico.
Após o Grupo de Fornecedores Nucleares decidir levantar as restrições ao comércio nuclear com a Índia, o país tem caminho livre para alcançar acordos similares com outras nações, apesar de não ser signatário do Tratado de Não-Proliferação Nuclear. "O investimento do setor privado no negócio nuclear não está em nosso radar. Agora, não há lugar para a participação do setor privado nesta área", afirmou o vice-ministro de Energia indiano.
A decisão foi tomada considerando os aspectos de segurança, estratégicos e ambientais, segundo Ramesh. O vice-ministro colocou como meta passar da geração dos 4.200 megawatts atuais a 20 mil em 2020 e 50 mil em 2050.
(Efe, G1, 20/01/2009