Em poucas semanas, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deverá liberar financiamento que viabilizará os projetos desenvolvidos pela GEEA – Geradora de Energia Elétrica Alegrete Ltda., subsidiária da Pilecco Nobre, de Alegrete, Fronteira Oeste do Estado, para a produção de energias limpas. O anúncio foi feito pelo presidente da empresa, Onélio Pilecco, que participou de audiência com o deputado Frederico Antunes (PP), na tarde desta segunda-feira (19/01), na sede do banco, no Rio de Janeiro. Também participou do encontro o prefeito de Alegrete, Erasmo Guterres da Silva (PMDB).
Pilecco disse que o diretor de Desenvolvimento do BNDES, Wagner Bittencourt de Oliveira, elogiou o projeto que deverá processar em torno de 270 toneladas ao dia de biomassa na fase inicial. Basicamente serão utilizados sílica e casca de arroz, num processo moderno de tecnologia limpa. Atualmente a GEEA mantém uma usina que gera 5 megawatts, energia suficiente para abastecer uma cidade de 35 mil habitantes e que é acrescentado ao sistema nacional de energia.
Wagner de Oliveira se mostrou impressionado com a apresentação do projeto e, depois do convite formulado pelo prefeito Erasmo Guterres, confirmou que visitará Alegrete. "Farei uma visita para conhecer a indústria e a usina, além de me reunir com os prefeitos e sugerir a criação de um consórcio de municípios para explorar este segmento de energia", revelou o diretor do BNDES. Oliveira acrescentou que a usina da Pilleco servirá de projeto-modelo para incentivar a criação de unidades semelhantes em todo o país.
O deputado Frederico Antunes destacou a importância social e econômica do projeto para a região. "A produção de sílica e de energia a partir da casca de arroz se constitui num resgate da economia da Fronteira Oeste, historicamente pouco desenvolvida diante do potencial disponível", afirmou. O financiamento do BNDES será operacionalizado pela Caixa-RS. A Pilecco recebeu incentivo do governo do Estado através da concessão de benefícios do Fundopem.
Depois da audiência no BNDES, a comitiva gaúcha visitou a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia. O encontro serviu para que os técnicos do órgão tivessem conhecimento do projeto de produção de energias limpas da Pilecco.
(Por Cristiano Guerra, Agência de Notícias AL-RS, 19/01/2009)