A Secretaria Estadual da Saúde começou a investigar suspeitas de febre amarela no Rio Grande do Sul em outubro do ano passado, a partir de mortes de macacos em municípios da região Centro-Noroeste. Exames confirmaram a circulação do vírus da febre amarela no Estado. Desde então foram intensificadas as ações de vigilância epidemiológica, ambiental, entomológica e de vigilância de epizootias, bem como as ações de prevenção e controle.
Até o último dia 15, foram notificados 228 eventos envolvendo a morte de macacos, que totalizaram 622 animais mortos, distribuídos em 62 municípios em diferentes regiões. Desses, 23 municípios tiveram epizootias prováveis ou confirmadas por febre amarela silvestre.
Sete casos suspeitos de febre amarela silvestre já foram notificados. Do total, dois foram confirmados e os pacientes morreram. Outros três permanecem em investigação, e um acabou descartado.
O local provável de infecção de uma das ocorrências confirmadas foi em área rural do município de Pirapó, no noroeste do Estado, possivelmente durante uma pescaria. O outro registro confirmado permanece em investigação quanto ao local provável de infecção, e as hipóteses possíveis são atividade em localidade rural do município de Eugênio de Castro ou durante atividade de lazer em beira de córrego situado no município de Santo Ângelo. Agora vai ser aguardado o laudo da morte ocorrida em Santa Cruz.
(Por Melissa Bulegon, Gazeta do Sul, 19/01/2009)