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2009-01-19

Barack Obama tem apenas quatro anos para salvar o mundo. Esta é a dura avaliação do cientista da Nasa e especialista em clima Jim Hansen, que em entrevista ao jornal "The Observer", na semana passada, alertou que somente uma ação imediata no novo presidente poderia pôr um fim à devastação e às mudanças climáticas que ameaçam a Terra. E acrescentou ser fundamental que esta medida seja tomada na primeira administração de Obama.

Elevados índices de emissão de carbono já estão causando o derretimento das calotas polares e ameaças de grandes inundações, desaparecimento de espécies e a mudança de padrões climáticos num futuro próximo.

"Não podemos mais esperar", disse Hansen. "Temos que adotar uma nova conduta com esta nova administração. Temos apenas quatro anos para que Obama se transforme em exemplo para o resto do mundo. Os Estados Unidos precisam assumir esta liderança".

Segundo Hansen, os atuais níveis de carbono presentes na atmosfera são suficientes para provocar um efeito estufa fora de controle. E os níveis continuam subindo apesar de todos os esforços de políticos e cientistas. "Somente os Estados Unidos possuem força política hoje para liderar o mundo e colocar um fim a este aumento", disse Hansen. Para ele, tendo se recusado a reconhecer que o aquecimento global representasse um risco real nos últimos oito anos, os Estados Unidos têm agora que assumir a liderança como maior emissor de carbono do mundo e maior economia do planeta. Projetos em que permissões para emissão são vendidas e compradas fracassaram, disse Hansen, e precisam ser substituídos por uma taxa imposta a todos os produtores de combustíveis fósseis. Ao mesmo tempo, é preciso haver uma moratória sobre novas usinas que queimam carvão, o pior emissor de carbono do mundo.

O primeiro alerta de Hansen - responsável pelo Goddard Institute of Space Studies e vencedor do maior prêmio de conservação da WWF's - de que a Terra estava em perigo por causa das mudanças climáticas foi feito em 1988. Durante todo o governo George Bush a Casa Branca tentou desacreditar suas opiniões.

O instituto de Hansen monitora a flutuação das temperaturas em diversos lugares ao redor do mundo, levantando dados que o levaram a concluir que a maioria das estimativas de elevação do nível dos oceanos pelo aquecimento global são muito baixas e conservadoras. O Painel Internacional de Mudanças Climáticas, por exemplo, prevê que um aumento de 20 a 60 centímetros seja esperado até o fim do século. Hansen, no entanto, afirma que a resposta do sistema climático já está acelerando o derretimento do gelo e causando a ameaça de colapso das calotas polares. O aumento do nível dos oceanos seria, consequentemente, bem maior - o alerta feito por um grupo de cientistas birtânicos, dinamarqueses e filandeses, na semana passada, informa que estudos sobre alterações climáticas indicam que uma previsão mais realista seria de que o nível dos oceanos subisse 1,4 metros, o suficiente para causar inundações em boa parte das maiores cidades do mundo e áreas baixas como Holanda, Bangladesh e outros países.

Seu temor sobre a elevação do nível dos oceanos levou Hansen a sugerir às academias de ciência britânica e americana que realizassem um estudo urgente sobre o estado das calotas polares. Mas até agora nada foi feito. "A primeira medida do setor responsável pelo clima no governo Obama deveria ser ordenar esta análise em caráter de urgência, acrescentou Hansen."

(O Globo, 18/01/2009)


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