A Universidade da Flórida e a Sociedade Americana para a Prevenção da Crueldade a Animais (ASPCA, em inglês) anunciaram nesta sexta-feira (16) o primeiro projeto de ciência forense veterinária dos Estados Unidos que ajudará a investigar crimes contra animais.
O projeto poderia conduzir até 200 casos de crueldade animal nos dois primeiros anos e aumentaria dramaticamente o número de profissionais nessa área.
"Estamos transferindo nosso conhecimento da ciência forense a este novo campo dedicado a resolver crimes contra os animais", disse Bruce Goldberger, diretor do Centro de Medicina Legal William R. Maples da Universidade da Flórida, a UFA, no noroeste do estado.
Todos os anos, a ASPCA investiga mais de cinco mil casos de crueldade animal e detém ou emite intimações a mais de 300 pessoas e os crimes incluem negligência, abandono, brigas de cachorros e de galos, entre outros.
O projeto parece com a famosa série de televisão CSI, na qual peritos resolvem crimes através da análise de DNA, provas balísticas e outros recursos.
Os participantes receberão treinamento nas salas de aula da UFA e pela internet mediante a recém-formada Associação Internacional de Ciência Legal Veterinária.
A colaboração entre a universidade e a ASPCA começou há um ano quando as instituições organizaram uma conferência sobre o uso da medicina forense para investigar a crueldade animal.
Os organizadores do evento esperavam que assistissem só alguns especialistas, mas participaram cerca de 200 dos Estados Unidos e de nove países.
"Isso significa que os padrões de pesquisas e o uso da ciência para documentar o que aconteceu aos animais (vítimas da crueldade) são muito mais elevados do que há cinco anos", informou Randall Lockwood, vice-presidente dos serviços anticrueldade animal da ASPCA.
(Estadão Online, 17/01/2009)