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política ambiental de portugal tecnologias limpas
2009-01-16

Saber se Portugal é um país energeticamente renovável pode ser mais complicado do que parece. A Quercus denunciou hoje que o método utilizado pelo Governo está a inflacionar os valores da produção de electricidade a partir de fontes renováveis dos “reais” 26,7 por cento para os 42 por cento. As voltas destas contas começam na directiva que fixa as metas das renováveis (2001/77/CE). O texto é de 2001 mas o ano base é 1997, ano chuvoso em Portugal e, por isso, com uma produção hidroeléctrica 22 por cento acima da média.

Mas como 2007 e 2008 foram anos secos, o Governo optou por introduzir correcções aos valores. “Estes cálculos não estão escritos em lugar nenhum e têm sido usados politicamente” para parecer que o peso das renováveis é maior, comentou esta manhã Francisco Ferreira, da Quercus, ao PÚBLICO.  Segundo a Quercus, os valores são corrigidos duas vezes: para o ano de 1997 e depois para um ano médio. “É altamente questionável que tenhamos tido uma produção de renováveis de 26,7 por cento e, depois das correcções, tenhamos saído com uns 42 por cento”, notou. De salientar que em 2001, Portugal fixou como meta 39 por cento de renováveis, a cumprir no ano 2010. Mas em 2007 a fasquia subiu para os 45 por cento.

Portugal refreou aumento dos consumos em 2008
Segundo os dados das Redes Energéticas Nacionais (REN) relativos ao ano de 2008 e as estatísticas rápidas da Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG), o consumo de electricidade continuou a crescer mas a um ritmo muito mais lento. Em 2006 o consumo de electricidade tinha aumentado 2,6 por cento; em 2007 foi de 1,8 por cento e em 2008 foi de apenas um por cento. Esta redução deve-se, segundo a associação, ao clima ameno do ano passado, à maior conservação de energia no sector doméstico e nos serviços e à maior eficiência energética de novos equipamentos.

A produção de electricidade por fontes renováveis passou de 30,7 por cento em 2007 para 26.7 por cento. A hidroeléctrica baixou 30 por cento em relação a 2007, contribuindo em 14 por cento para o total de electricidade consumida. Enquanto no final de 2006 as albufeiras estavam a 75 por cento do seu armazenamento máximo, no final de Dezembro de 2008 estavam a 47 por cento da sua capacidade total de armazenamento.

A energia eólica continua a ganhar peso na produção de electricidade. Em 2008 cresceu 42 por cento e representou cerca de 38% da produção de electricidade a partir de fontes renováveis nesse ano. A energia fotovoltaica começa a ter um peso crescente mas, em 2008, representava 0,25 por cento da produção total de energia renovável.

Barragens não parecem "bom investimento" para a Quercus
Questionado sobre o “mix” energético português, Francisco Ferreira comentou que a nível das centrais térmicas houve uma melhoria. A “entrada do gás natural foi bastante significativa” em termos de redução de emissões poluentes, especialmente quando comparado com o carvão. A Quercus estima para o total das principais centrais termoeléctricas uma redução de emissões de 700 mil toneladas de dióxido de carbono entre 2007 e 2008 (correspondendo a 1,2 por cento das emissões de gases com efeito de estufa do ano base de 1990 em termos de Protocolo de Quioto).

“A principal razão prende-se com a diminuição do recurso à central termoeléctrica de Sines que queima carvão, combustível que apresentou preços muito elevados em 2008, e pela sua substituição em termos de produção por centrais mais eficientes de ciclo combinado a gás natural (Tapada do Outeiro e Ribatejo)”. Já quanto às renováveis, o ambientalista notou que a hidroeléctrica "não parece ser um bom investimento", nomeadamente por ser muito oscilante. Relativamente à poupança de energia, Francisco Ferreira considera que já se começa a falar da questão mas ainda se faz pouco.

(Por Helena Geraldes, Ecosfera, 16/01/2009)


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