Hospital da Guarnição passa a vacinar a partir de hoje
Os cinco novos locais de vacinação contra a febre amarela que se somaram ontem ao Posto de Saúde Erasmo Crossetti e ao Hospital Universitário não foram suficientes para diminuir as longas filas que vinham se formando nestes lugares. Nos quatro postos e no Hospital da Brigada Militar, o dia continuou sendo de filas. Somente ontem, 13.292 pessoas foram vacinadas em Santa Maria.
No PA Ruben Noal, na Cohab Tancredo Neves, houve tumulto na fila de distribuição de senhas. Um usuário que não quis se identificar disse que os moradores brigaram pelos 200 números que foram distribuídas pela manhã. A Brigada Militar foi chamada para organizar o pessoal, já que o posto não conta com vigilante.
O chefe de gabinete da prefeitura, Giovani Mânica, diz que a prefeitura está com dificuldade de atender toda a demanda por falta de pessoal. Ele garantiu que a partir de hoje duas pessoas a mais estarão atendendo no preenchimento de fichas e duas na aplicação das vacinas na Tancredo Neves. Segundo Mânica, não serão mais distribuídas senhas no PA Ruben Noal, e o atendimento será feito por ordem de chegada. A assessoria de imprensa da prefeitura diz que um vigilante foi deslocado para o posto e ajudará na organização da fila.
No primeiro dia de vacinação no Hospital da Brigada Militar, as 5 mil doses de vacina foram insuficientes para atender a população.
Exército – O comandante da 3º Divisão do Exército, general Araken de Albuquerque, firmou ontem uma parceria com a prefeitura, disponibilizando o Hospital da Guarnição (HGu) para aplicação de vacinas. O Icardio e uma ONG que cuida de pacientes com leucemia também irão disponibilizar voluntários.
Orientação – Algumas mães que estão amamentando foram orientadas na fila de um dos locais de vacinação a não tomar a dose. Caso contrário, deveriam ficar um mês sem amamentar, pois poderiam causar problemas de saúde nos bebês. Porém, a médica infectologista Clarissa Boch diz que a vacina não é contraindicada para mães que amamentam:
– O benefício é maior que o risco. A vacina pode causar alguns sintomas no bebê, mas nada grave.
(Por Priscila Abrantes / Especial, Diário de S. Maria, 15/01/2009)