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lixo tecnológico / eletrônico educação e sustentabilidade
2009-01-15

O Centro de Computação Eletrônica (CCE) da USP recebe, até o dia 23, cinco pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT), que trabalharão em parceria com funcionários da unidade no projeto de criação de um centro de reutilização, descarte sustentável e reciclagem de lixo eletrônico. O projeto é desenvolvido dentro do Leadership Laboratory (L-Lab), liderado pelos professores Peter Senge e Wanda Orlikowski. Do lado do CCE, são nove funcionários envolvidos, sob a coordenação da professora Tereza Cristina Carvalho, diretora da unidade.  

Os pesquisadores do MIT são oriundos de diferentes países: Paquistão (Adnan Shahid), Argentina (Carlos Brovarone), França (Frederic Giraut), Alemanha (Peter Klement) e Porto Rico (Antoinne Machal Cajigas). A presença deles significa mais um passo no projeto de sustentabilidade do CCE.

Além de tratar da questão de criação do centro, prevê-se a realização de atividades de disseminação de ações de sustentabilidade. Estas ações devem envolver funcionários, professores e alunos da USP. "É preciso que o aluno da USP entenda como é o processo de construção de um computador, o que é utilizado para fabricá-lo, para que ele entenda que descartá-lo de maneira correta e não ser excessivamente consumista em relação à tecnologia faz parte de um pensamento sustentável", diz Cajigas. "Antes de participar desse projeto, eu também não via o processo como um todo para perceber a importância de computadores 'verdes' e do consumo consciente".

A escolha de um bom computador
O programa de sustentabilidade do CCE iniciou-se em 2007, quando foi criada a Comissão de Sustentabilidade do centro. Dentro deste programa, no segundo semestre daquele ano, o CCE submeteu seu primeiro projeto de sustentabilidade para o Laboratório de Sustentabilidade do MIT (MIT S-Lab, na sigla em inglês) - e a iniciativa acabou sendo selecionada, entre outros projetos, para a realização de um programa conjunto. A partir daí, iniciou-se um trabalho com um grupo de três pesquisadores do MIT S-Lab, finalizado em maio de 2008. Como resultado, foi definido um plano de coleta de lixo eletrônico no CCE e de disseminação sobre ações sustentáveis.

No segundo semestre de 2008, o CCE submeteu um novo projeto ao MIT L-Lab, para a criação do Centro de Reutilização, Descarte Sustentável e Reciclagem de lixo eletrônico. A participação dos cinco pesquisadores se faz dentro do escopo deste novo projeto.

Para os pesquisadores, é preciso mostrar para o público que a escolha de um bom computador não deve se basear apenas nas inovações tecnológicas, mas também pelos requisitos de sustentabilidade - que incluem inexistência de substâncias tóxicas (por exemplo, chumbo, mercúrio e cádmio) na produção, operação com sistema de ecomonia de energia elétrica e atendimento a requisitos de gestão ambiental e de qualidade.

De acordo com reportagem veiculada no site da BBC Brasil, pesquisadores de Harvard estimam que a quantidade de dióxido de carbono liberado pelo computador para duas pesquisas no site do Google equivalem a quantidade liberada por uma chaleira elétrica para ferver água (14 gramas). Computadores fabricados pensando nisso emitem menos poluentes, além de serem produzidos com material reciclável e mínimo possível de materiais tóxicos.

Nesse sentido, a USP é pioneira. Após processo licitatório, ela está adquirindo computadores verdes, que estão sendo produzidos exatamente para atender esta demanda de sustentabilidade. Para isso, serão investidos mais de 2,4 milhões de reais.

Pensar ecologicamente é pensar no cotidiano
Apesar dos computadores estarem em pauta na questão da sustentabilidade, existem outros produtos que também são comprados, usados e descartados de forma incorreta. Um dos exemplos é o telefone celular. A média de troca de telefones dos brasileiros, como lembra a professora Tereza Cristina, é de um ano e meio. Na maioria das vezes, a operação não acontece por uma questão de necessidade, mas sim porque o aparelho antigo é considerado obsoleto e fora de moda em relação às novas tecnologias. A professora observa que as baterias dos celulares liberam substâncias tóxicas quando jogadas em aterros comuns e em contato com água de chuva ou rio.

Outro exemplo simples é o das pilhas. "As pilhas certificadas contêm 0,02mg de mercúrio. Já as pilhas piratas têm 80mg da mesma substância. No caso de estouro da pilha, o mercúrio, uma substância cancerígena, logo entra em contato com a pele e é absorvido pelo organismo. O certo seria sempre consumir pilhas certificadas, que além do mais, duram bem mais. Mas não é o que acontece. No Brasil, são vendidas por ano 800 milhões de pilhas certificadas e 400 milhões de pilhas piratas", explica a professora.

(Por Tatiane Ribeiro, USP online, 14/01/2009)


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